quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

 

Painel Cyberpunk vs. Solarpunk &

Futurismos Anticoloniais

no Plutocracia em Plutão

 

202201272359P5 – 22.483 D.V.

Quando falamos em Plutocracia em Plutão, estamos fazendo uma dupla provocação, que é a de questionar as formas de poder e controle na Terra e no Espaço.  Nos perguntamos se as visões de mundo que estão em jogo na Nova Corrida Espacial (New Space), com todos seus projetos de armamento militar, produção de tecnologia espacial, inteligência artificial e mineração de corpos celestes (como da Lua, Marte e asteroides) servirá somente para potencializar a plutocracia a partir da aceleração dos modos de dominação do Sistema Solar por parte de alguns conglomerados corporativos, ou se estamos diante de uma nova possibilidade de criação de futuro, que permitirá também o transporte da multiplicidade das cosmovisões, das diferentes perspectivas de mundo e da biodiversidade que caracteriza, a princípio, o planeta Terra.  Ou seja, mediante essa nova oportunidade espacial, a colaboração entre os povos será mais determinante do que a competição entre grandes empresas, ou estaremos somente reforçando com modelos mais sofisticados a hierarquia e a discrepância entre povos ricos e pobres?

[Texto de abertura do curso online Plutocracia em Plutão]

 

Participei ainda há pouco do painel “Cyberpunk vs. Solarpunk & Futurismos Anticoloniais”, no âmbito do seminário Plutocracia em Plutão: Arte e cultural espacial, organizado por Fabiane Borges sob os auspícios do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) ao longo desta semana.  Junto comigo estiveram, além da Fabiane, como curadora desse evento e mediadora deste painel; o artista Arad Walsh e os alunos inscritos, uma vez que o seminário funcionou como curso livre de verão na instituição citada.  Dentre esses últimos, compareceu o amigo Luiz Felipe Vasques, presidente do Clube de Leitores de Ficção Científica (CLFC).

Chamada para o curso de verão Plutocracia em Plutão.

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Do meu ponto de vista, a empreitada começou na noite de 3 de janeiro, quando eu penava ao assistir a série sul-coreana de ficção científica O Mar da Tranquilidade no Netflix.  Fui resgatado daquele enredo fraquíssimo pelo contato via Messenger da Fabiane, que se apresentou, explicou que estava organizando um curso de verão online via Zoom para o INPE e me convidou para participar do painel referido.

Ao saber que o INPE estava envolvido me senti estimulado a aceitar o convite de bate-pronto.  Porém, gato escaldado, solicitei que ela me enviasse mais dados.  Daí, tão logo li a proposta de programação que ela me enviou, topei participar.

Dias mais tarde, conversei com Fabiane numa videochamada pelo WhatsApp para confirmar que tema abordaríamos e que foco deveríamos adotar.  Pois, pelo título do painel, “Cyberpunk vs. Solarpunk & Futurismos Anticoloniais”, fiquei em dúvida se deveria falar sobre Solarpunk (uma vez que Cyberpunk não é lá muito a minha praia).  Outra questão é que futuros anticoloniais tem um pouco (bastante!) a ver com as linhas históricas alternativas que estabeleci ao longo das últimas décadas.  Ela me esclareceu que era para abordar elementos e enredos da minha obra que tivessem relação, ainda que indireta, não só com a proposta do painel, mas as do curso de verão como um todo.

Daí, pensei: tudo bem.  Falo de uns quatro os cinco universos ficcionais de vieses mais libertários dentre os vários que criei; das tais linhas históricas alternativas e arremato com uma palinha sobre o subgênero Solarpunk.

Ao longo da semana, procurei assistir alguns painéis durante a noite pelo YouTube.  Gostei de vários, sobretudo, do “Antropoceno Solar vs. Justiça Ambiental Espacial” (que transcorreu originalmente na tarde de terça-feira); e do “Monalisa nos Anéis de Saturno: Criptomídia e Espaços Econômicos (de quarta-feira à tarde).

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Temperado nas dificuldades técnicas espúrias nas mesas e painéis dos quais participei nos últimos meses, ativei meu notebook de véspera para que ele se atualizasse (nos últimos eventos online, tenho preferido trabalhar com o notebook na sala de nossa casa em qualquer participação mais séria, porque lá consigo conectar a máquina ao roteador via cabo, não precisando confiar nas flutuações imprevisíveis dos dois sinais de WiFi contratados em nosso lar).  Mesmo assim, na hora de clicar no link que facultaria o acesso ao Zoom meeting do painel, houve um probleminha, contornável.  Além disso, a apresentação que preparei em Powerpoint, deu uma travada logo no início.  Se duvidar, cliquei algo errado.  Porém, após esses perrengues pouco auspiciosos, as coisas começaram a funcionar bem.

Chamada para o painel “Cyberpunk x Solarpunk e os Futurismos Anticoloniais”.

 

Fabiane começou nos apresentando à plateia do YouTube e aos inscritos.  Daí, leu meu biolog e me passou a palavra.  Isto posto, iniciei minha apresentação, “Ficção Científica Humanística: Universos Ficcionais, Questões Cruciais”.

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Para começo de conversa, mostrei alguns dos meus universos ficcionais que exibem futurismos anticoloniais, habitados por humanidades maduras em vieses predominantemente otimistas.  Neste sentido, abri os trabalhos com o Tramas de Ahapooka, detalhando o background desse U.F., falando das publicações das noveletas “Alienígenas Mitológicos”[1]; “A Filha do Predador”[2]; e “A Predadora e o Renato”[3].  Então, falei um pouco dos dois romances publicados pela Draco nesse U.F.: A Guardiã da Memória (2011) e Octopusgarden (2017).

Em seguida, passei ao U.F. Imortais Efêmeros, ambientado num futuro remoto pós-escassez e pós-mortalidade, citando a novela Quando os Humanos Foram Embora[4] e a noveleta “Caminhos sem Volta”, publicada na revista Quark nº 2 (2000).

Aproveitei o ensejo para falar brevemente sobre o U.F. Taikodom, cuja especificação criei para o jogo online homônimo sob os auspícios da Hoplon Infotainment, empresa para a qual trabalhei como consultor de universo ficcional entre 2004 e 2010.  Citei, mas não detalhei a ficção curta e as novelas publicadas nesse U.F. e reunidas na coletânea Taikodom: Crônicas (Devir, 2009).

Fechei o quesito universos ficcionais abordando brevemente o Guanabara Metamórfica e Dinossauros Racionais.  No primeiro citei os contos “Para Agradar Amanda”, publicado na antologia Erótica Fantástica 1 (Draco, 2013); e “A Moça da Mão Perfeita”, recém-publicado na revista Histórias Extraordinárias nº 4 (janeiro 2022).  No segundo, mencionei os contos “Paleontólogo Selenita” e “O Voo do Ranforrinco”; e as noveletas “Garota-Dinossaura e os Especistas” e “Emissários de Nêmesis”[5].

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Daí, abordei algo en passant três das minhas linhas históricas alternativas que apresentam Brasis fragmentados, porém, mais justos e mais prósperos do que o nosso.

Aventuras do Vampiro de Palmares, linha histórica alternativa Três Brasis.

 

Após conceituar o subgênero das histórias alternativas e exemplificá-lo com o romance O Homem do Castelo Alto (1963), de Philip K. Dick, introduzi a L.H.A. Pax Paraguaya, em que o ponto de divergência é a derrota brasileira na Guerra do Paraguai.  Detalhei a narrativa do presente alternativo delineado na noveleta “A Ética da Traição”, mas apenas citei a noveleta de passado alternativo “Crimes Patrióticos”[6].

Então, falei sobre a L.H.A. Três Brasis, explicitando a divergência e delineando, sobretudo, a novela “O Vampiro de Nova Holanda” e o romance fix-up publicado pela Draco em 2014, Aventuras do Vampiro de Palmares.  Conceituei vampirismo científico para explicar a origem dos meus vampiros científicos, os filhos-da-noite, e descrevi brevemente a trama da novela Traição de Palmares (Writers, 2000), na qual o protagonista da maioria dessas narrativas, o filho-da-noite Dentes Compridos, não dá o ar de sua graça.

Enfim, abordei a L.H.A. Xochiquetzal, na qual as Américas foram descobertas pelos portugueses e os Impérios Asteca e Inca se tornam vassalos de El-Rei de Portugal.  Falei brevemente do romance curto Xochiquetzal: uma Princesa Asteca entre os Incas (Draco, 2009) e de meu pseudônimo feminino, Carla Cristina Pereira, sob o qual as narrativas da princesa Xochiquetzal foram originalmente escritas e publicadas.

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Fechei a apresentação, falando um pouco sobre Solarpunk, tanto como subgênero da ficção científica quanto como movimento cultural com ênfase no ativismo ambiental e ecológico.  Delineei as características principais do Solarpunk, suas ligações com o movimento cultural homônimo e destaquei o pioneirismo brasileiro no subgênero.

Isto posto, falei um pouquinho da antologia Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável (Draco, 2012) e delineei o enredo de minha novela solarpunk “Azul Cobalto e o Enigma”, ambientada na L.H.A. Três Brasis e protagonizada por Dentes Compridos.

Creio que esta foi a quarta ou quinta apresentação via Zoom ou similar em que falo sobre o subgênero Solarpunk desde o início da pandemia.  Dessa feita, consegui falar um pouco menos sobre o subgênero.  Ufa!

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Encerrada minha apresentação, nossa mediadora Fabiane retomou a palavra, leu o biolog do Arad Walsh e lhe passou a palavra.

Cópia de tela do painel na fase aberta aos inscritos no curso online.

 

Como eu havia feito, em sua apresentação Arad falou sobre sua obra, admitindo a influência do sci-fi em geral e dos subgêneros punks em seus temas.  Demonstrou o efeito da pareidolia (reconhecimento de objetos familiares inseridos em estímulos aleatórios) no trabalho “Uso de lixo em reforma elétrica” e, de fato, juro que enxerguei um robô semi-humanoide ali dentro.  Arad elaborou vários dos trabalhos mostrados com material reciclado.  Gostei do emprego da casca de jaca como matéria-prima na confecção de algumas obras, emulando armaduras.  Show de bola.

A inspiração do artista é inegavelmente futurista e anticolonial.  De móveis e utensílios até peças de vestuário, tudo me soube a cenários de filmes de ficção científica, alguns recriados a partir de narrativas cinematográficas (Arad citou, inclusive, o clássico de George Lucas, THX-1138), outros lucubrados pela imaginação e pela criatividade do artista e autor.  Gostei bastante do que vi e lamentei quando a apresentação terminou.

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Findas as nossas apresentações, Fabiane abriu o painel à participação dos alunos inscritos.  Enquanto apresentávamos, o painel foi replicado no canal de YouTube do INPE para uma plateia relativamente pequena, mas bastante interessada e participativa.  Dentre os amigos e conhecidos, vislumbrei Cláudia; Ana Lúcia Merege; Luiz Felipe Vasques; e Naelton Araújo.  Minha mãe depois confessou que também assistiu.  Porém, como mãe é mãe, ela não conta.

Inicialmente, Fabiane perguntou o que pensávamos da “transgeneracionalidade” expressa na interação entre a visão mais clássica da ficção científica literária que apresentei e a visão mais contemporânea do futurismo que o Arad trouxe para nós.  Argumentei que, como autor de ficção científica comumente ambientada em futuros remotos, eu me questiono bastante não só sobre quais serão as grandes questões propostas às humanidades desses futuros, mas também como suas vidas cotidianas decorrerão.  No entanto, tomei o cuidado de destacar que, não obstante quão remoto seja o futuro e quão espessa a roupagem futurista, as narrativas da FC devem dialogar com consumidores culturais do presente.  Arad foi pela mesma linha, guinando a questão rumo à globalização e suas desigualdades, citando cenários distópicos segregacionistas, como o filme Elysium (2013) e diferenciando os elementos punks do cyberpunk dos do solarpunk.

Nesse ponto, a mediadora passou a palavra aos inscritos.

Paulo Fluxus comentou que os consumidores de narrativas fantásticas se acostumaram a absorver experiências ficcionais que não vivenciaram no mundo real, destacando que o consumo é uma experiência passiva, ao passo que a criação desses conteúdos fantásticos é ativa.  Arad respondeu que, ao dialogar com públicos diferentes, é importante que o artista utilize linguagens e metodologias diversas.

Em seguida, Beatriz da Matta relacionou os temas das nossas apresentações às falas dos painéis anteriores do Plutocracia em Plutão, enfatizando questões das ecocatástrofes e dos danos irreversíveis à biosfera terrestre ao mesmo tempo em que a humanidade cogita colonizar o espaço e terraformizar planetas alienígenas.

O próximo foi Luiz Felipe Vasques, que me perguntou sobre um romance pós-apocalíptico com nuances solarpunks.  Inicialmente, julguei que se referisse ao Ventus (2000), do escritor canadense Karl Schroeder (ao qual me referi erroneamente no painel como australiano), mas depois concluí que se tratava do romance fix-up do Clifford D. Simak, City (1951), que considero um clássico solarpunk avant la lettre.  Felipe confirmou que era esse o caso.  Daí, apresentei uma resenha breve daquele que é um dos melhores trabalhos do meu escritor favorito.  Afinal, todos sabem que Simak é Deus e Gerson Lodi-Ribeiro, o seu profeta.

Nubia Mobo indagou sobre a recepção que a comunidade fantástica internacional concede às narrativas de ficção científica brasileiras.  Advoguei que para nos impormos diante da comunidade produtora e consumidora de narrativas fantásticas em âmbito mundial, precisamos fazer coisas diferentes.  Neste sentido, citei o solarpunk, um subgênero inventado por autores lusófonos e as histórias alternativas, uma vez que autores brasileiros e portugueses encontrarão mais facilidade em desenvolver linhas históricas alternativas lusófonas do que autores anglo-saxões, por exemplo.

Extenuada após quatro dias insanos na lida do Plutocracia, Fabiane transmitiu a moderação ao Arad e esse passou a palavra a Roque Júnior.  Ele me indagou se eu conhecia o romance O Vampiro que Descobriu o Brasil (Ática, 1999)[7], de Ivan Jaf e questionou sobre um parentesco eventual entre o vampiro António da narrativa de Jaf e o Dentes Compridos de Aventuras do Vampiro de Palmares.  Ao Arad, Roque indagou como empregar os subgêneros punks como crítica ao modelo socioeconômico capitalista.  Em minha resposta, falei que o vampiro do Jaf não constitui história alternativa em si, mas, antes, história oculta.  Além disso, o vampirismo proposto por Jaf é de caráter sobrenatural, ao passo que os filhos-da-noite pertencem à tradição do vampirismo científico.  Aproveitei para conceituar as diferenças entre os vampirismos tradicional (sobrenatural) e científico.  Arad respondeu ao Roque, enfatizando as dificuldades do emprego indagado.  Porque, em geral, quem detém o monopólio do poder econômico para divulgar o ativismo ecológico e ambiental não tem interesse em fazê-lo, embora o artista admita que a situação vem mudando gradativamente para melhor.

Da plateia do YouTube, Felipe resgatou a questão proposta por Guilherme Previatti, que indagou se poderíamos usar o subgênero solarpunk para educar a sociedade quanto às questões ambientais.  Argumentei que, conquanto a ficção científica não esgrima mais aquela postura didática, ávida por despertar o interesse científico na juventude – tão advogada por Hugo Gernsback e, antes dele, pelo próprio Jules Verne, um dos Pais da Ficção Científica, salve, salve – em seu papel precípuo de literatura de entretenimento, o Solarpunk pode, sim, abordar de forma lúdica questões cruciais, quer do ponto de vista filosófico quanto socioambiental.  Felipe acrescentou que a palavra-chave seria a “inspiração”, no que concordei.

Ao fim dessa segunda fase do painel, Fabiane me pediu que falasse um pouco da narrativa do conto “Xenopsicólogos na Fase Crítica” que publiquei na revista francesa Antarès trinta e poucos anos atrás e que foi republicado em meados do ano passado na revista Histórias Extraordinárias.  Apresentei uma sinopse breve desse conto, esforçando-me ao máximo para não divulgar spoilers imperdoáveis.

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Enfim, após mais de duas horas e quarenta minutos de painel, dividido entre apresentações e debates, Fabiane encerrou os trabalhos.  No que me diz respeito, apreciei muitíssimo participar desse evento estimulante e inspirador.  Espero que a iniciativa do INPE vingue e adquira periodicidade pelo menos anual.

À conclusão desta crônica, verifiquei que o painel já estava com 158 visualizações no YouTube.  Link para acessar o painel no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8qLJySAVd3U

 

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2022 (quinta-feira).

 


Participantes:

Ana Lúcia Merege.

Arad Walsh (panelista: artista).

Beatriz da Matta (participante do seminário).

Cláudia Quevedo Lodi.

Daisy Lodi Ribeiro.

Fabiane M. Borges (curadora do seminário).

Gerson Lodi-Ribeiro (panelista: autor de ficção científica).

Guilherme Augusto Previatti.

Luiz Felipe Vasques (participante do seminário).

Naelton Araújo.

Nubia Mobo (participante do seminário).

Paulo Fluxus (participante do seminário).

Roque Júnior (participante do seminário).

 

 



[1].  Escrita sob a forma de um artigo de divulgação científica e publicada em julho de 1991 na Isaac Asimov Magazine nº 15, “Alienígenas Mitológicos” constituiu minha estreia profissional em português.

[2].  “A Filha do Predador” foi agraciada com o Prêmio Nautilus 1997.  Mais tarde, seria republicada na revista Sci Fi News Contos nº 1 em 2000.  Ambas as publicações se deram sob o pseudônimo “Daniel Alvarez”.

[3].  “A Predadora e o Renato” foi publicada na antologia Como Era Gostosa a Minha Alienígena! (Ano-Luz, 2002).

[4].  A publicação dessa novela na revista francesa de FC&F Antarès nº 36 em 1989 constituiu minha estreia profissional.

[5].  “Paleontólogo Selenita” foi publicado originalmente na coletânea Outras Histórias... (Editorial Caminho, 1997) e republicada recentemente na revista Somnium nº 118 (dezembro 2021).  “O Voo do Ranforrinco” também foi publicado na coletânea citada.  “Garota-Dinossaura e os Especistas” foi publicada na antologia Dinossauros (Draco, 2016).  “Emissários de Nêmesis” foi originalmente publicada na antologia Dinossauria Tropicalia (GRD, 1994) e republicada na Dinossauros.

[6].  “A Ética da Traição” foi publicada na primeira metade da década de 1990, primeiro na antologia O Atlântico Tem Duas Margens (Editorial Caminho, 1992) e então na Isaac Asimov Magazine nº 25 (janeiro 1993), tendo sido republicada na coletânea Outros Brasis (Mercuryo, 2006) e lançada em francês, castelhano e inglês.  “Crimes Patrióticos” foi publicada originalmente na coletânea O Vampiro de Nova Holanda (Caminho, 1998) e mais tarde republicada na antologia bilíngue Fronteiras (Simetria, 1998) e na Outros Brasis.

[7].  Nanorresenha do meu bunker de dados: O Vampiro que Descobriu o Brasil – “Jovem taberneiro lisboeta é vampirizado às vésperas do Descobrimento do Brasil e parte junto com a esquadra de Cabral em perseguição do imortal que o transformara em vampiro.  Ao longo dos quinhentos anos de história do Brasil, o vampiro António persegue o Velho, a quem procura exterminar a fim de recobrar sua humanidade.  Passeio descompromissado e gostoso pela História do Brasil.”

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