Sábado na Bienal do Livro 2019
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“Estou profundamente
decepcionada com você.”
[Chloe Orsolon,
durante o jantar, ao constatar minha paixão pelo vinho]
Neste sábado compareci
à Bienal do Livro 2019, abrigada no Riocentro, lá no Recreio dos Bandeirantes,
para autografar meus livros e papear com amigos e aficionados da literatura fantástica
em geral e da ficção científica em particular.
Quando estava
saindo de casa, por volta das 11h30, Luiz Felipe Vasques me ligou, perguntando
se eu queria aderir a uma carona oferecida por seu amigo Daniel Braga. Como carona até o longínquo e remoto recanto
da região oeste (Far West?) onde se situa o Riocentro não é coisa que se
recuse em sã consciência, topei na hora.
Apressei-me em tomar um táxi até o prédio do Felipe e lá aguardamos a
chegada do Daniel.
Durante os
oitenta minutos dessa jornada memorável do Leblon ao Recreio, não faltaram oportunidades
para se falar de tudo um pouco. Conversamos
sobre a falta que fazem os agentes literários no mercado editorial brasileiro
de literatura fantástica. Daniel nos
contou de seus esforços para ocupar esse nicho ecológico-literário até hoje vago
no panorama da cultura nacional. Também comentamos
nossas experiências comuns com autores iniciantes que encaram seus textos como bebezinhos
amados em vez de produtos em busca de um público para chamar de seu. Falamos ainda de enredos de história alternativa,
da série de animação de ficção científica da Netflix, Love, Death & Robots,
da qual eu já havia ouvido falar, mas que ainda não assisti, e do site especializado
em horror literário que Daniel mantém, o Canto do Gárgula (www.cantodogargula.com.br),
estive lá e creio que vale a pena conferir.
* *
*
Chegamos à
Bienal em torno das 14h00. Como Felipe já
havia comparecido na véspera, dia de abertura do evento, ensinou-se o caminho das
pedras para a entrada dos autores credenciados.
Mesmo assim, após cruzarmos um Pavilhão 1 (Laranja) superlotado,
decidimos seguir por fora, contornando dois outros pavilhões, até chegar ao 4
(Verde), onde se situa pouca parte das editoras dedicadas à literatura fantástica,
dentre elas, a Draco, ora aquartelada no estande O-83.
À entrada do Pavilhão
4, encontramos Gabriel Guimarães, que saía com uma mala abarrotada de livros. Atitude que nos fez recordar do legendário Dino
Freitas. Após uma conversa breve com o
Gabriel, despedimo-nos e seguimos até o estande da Draco. No O-83, encontramos não só nosso amigo Erick
Sama Cardoso, o publisher da editora, mas também sua mãe, Isilda Morais, a Débora Marinho, amiga que já conhecíamos do certame 2018 da Primavera dos
Livros, lá no Palácio do Catete, e nossa amiga, a autora e antologista Ana Lúcia Merege. Neste ano,
o estande da Draco está situado em frente a um outro, de esquina, com um saldão
de livros por vinte reais: qualquer título, até mesmo hardcovers de mais
de mil páginas e encadernação requintada.
Concorrência desleal.
No estande da Draco dois livros se destacavam
como lançamentos oriundos de processos de crowdfunding pela Catarse: as
antologias Cyberpunk: Registros recuperados de futuros proibidos,
organizada por Cirilo S. Lemos & Erick Santos Cardoso; e Duendes: Contos
sombrios de reinos invisíveis, organizada por Ana Lúcia Merege.
GL-R e Erick Sama Cardoso.
Isilda Morais, Erick e Débora Marinho.
Mal chegamos
lá e nossa amiga Flávia Cortes passou pela Draco. Apressada, pois estava atrasadíssima para um
outro evento na Bienal. Mesmo assim,
arranjamos tempo para alguns poucos e breves comentários sobre nosso interesse comum
no comportamento dos cetáceos.
Paulo Vinicius,
do site especializado em literatura fantástica, Ficções Humanas (www.ficcoeshumanas.com.br/),
apareceu pouco depois da Flávia partir. Ocasião
em que Daniel Braga também já havia se reunido conosco no estande da Draco. Conversamos um bocado sobre os lançamentos fantásticos
da editora Morro Branco, sobretudo os romances da Octavia E. Butler, mas também
sobre as novidades de outros autores que ainda estão para sair. Também falamos da Odisseia Fantástica de
Porto Alegre que ocorreu na semana passada na capital gaúcha, bem como sobre as
instâncias passadas daquela convenção. Falamos
um pouco do Prêmio Odisseia, certame inaugurado neste ano, bem como da conveniência
e da ética de se cobrar inscrições dos concorrentes às diversas categorias.
Ana Lúcia Merege, Daniel "Gárgula" Braga e Luiz Felipe Vasques.
Às mãos de Daniel, a antologia recém-lançada Duendes (Draco, 2019), organizada pela Ana.
Daniel, Felipe e GL-R.
* *
*
Embora ficção
científica não seja bem a praia de Daniel Braga, ele adquiriu um exemplar de
meu Octopusgarden (Draco, 2017), prêmio Argos 2018 na categoria Melhor
Romance, para presentear um amigo. Falei
que ele talvez gostasse de meu romance fix-up de história alternativa Aventuras
do Vampiro de Palmares (Draco, 2014), o qual, infelizmente, não se encontrava
à venda no estande. Daí, expliquei a temática
do vampirismo científico no universo ficcional Três
Brasis com o exemplo do romance clássico Fome de Viver (Record,
1984)[1],
do Whitley Strieber, que inspirou o filme homônimo (1983), dirigido por Tony Scott
e estrelado por Catherine Deneuve (no papel da predadora Miriam Blaylock); David
Bowie (marido humano de Miriam, John Blaylock, imortalizado por uns poucos séculos);
e Susan Sarandon (bióloga Sarah Roberts).
Outra amiga
que passou de passagem pela Draco foi Renata da Conceição, do Vórtice Rio, grupo
de análise e discussão literária especializado em literatura fantástica do qual
participo. Renata queria adquirir um segundo
exemplar do Aventuras do Vampiro de Palmares para presente. Como não tinha, combinei com ela que levarei
um exemplar daqui de casa para ela comprar na próxima reunião do Vórtice.[2]
Nosso amigo
André Orsolon compareceu ao estande da Draco acompanhado da esposa, Flávia, e
da filha pré-adolescente Chloe. André adquiriu
exemplares dos meus romances A Guardiã da Memória (Draco, 2011), agraciado
com o Argos 2012, e Octopusgarden, que fiz questão de autografar. Mais tarde, justo no momento de lotação máxima
do Pavilhão Verde, esse pai extremado partiria do nosso estande em genuína expedição
autopunitiva, no encalço de uma edição especial do romance Drácula, do
Bram Stoker, publicada pela Darkside, para sua rebenta.
Mais tarde,
André voltaria, sobrevivente vitorioso em sua expedição se não inglória, ao
menos pírrica, em companhia do amigo Victor Miranda, pai da jovem adolescente Maria
Luíza, uma menina superleitora que percorre os diversos estandes e pavilhões da
Bienal à caça de seus livros favoritos, munida de uma lista detalhada de títulos
e autores. Tive o prazer de conversar
com ela na Draco e, portanto, posso atestar que Luíza realmente sabe do que está
falando quando discorre sobre suas narrativas prediletas. A Incrível Menina da Lista. Victor adquiriu um exemplar do meu romance de
ficção científica hard cum história alternativa, Estranhos no Paraíso
(Draco, 2015).
Como todo bom
avô babão que se preza, deliciei-me ao mostrar as fotos de meu neto Bernardo
para o Erick, a Isilda e a Débora. Ainda
me assusto um pouco quando me dou conta de que ele fará dois anos daqui a dois meses.
Na seção nostalgia,
meio órfãos com o término da décima segunda e última temporada do seriado humorístico
de apologia a nós nerds, The Big Bang Theory, eu, Erick e Felipe rememoramos
aos sorrisos, risadas e gargalhadas, de alguns dos episódios mais marcantes da
série.
Outro integrante
do Vórtice que pintou lá no estande da Draco foi nosso velho amigo Ricardo
França. Ele chegou lá em torno das
17h00. Conversamos sobre o romance Altered
Carbon (Del Rey, 2003)[3],
do Richard K. Morgan, que inspirou a série homônima da Netflix. Incentivei-o a retomar as aventuras do
sensacional Takeshi Kovacs e, se possível, ler o romance, depois que ele se
declarou desmotivado com o ritmo narrativo do primeiro episódio.
Conheci hoje Maurício
Falcketti, um sujeito que, como eu, é apaixonado pela temática de dinossauros
na ficção científica. Daí eu lhe mostrei
a antologia Dinossauros (Draco, 2016), que organizei para a editora com
dezesseis contos de quinze autores.[4] Conversamos um bocado sobre as diversas subtemáticas
saurianas, inclusive, aquela em que os dinos evoluem até a racionalidade e
erigem uma civilização tecnológica no Mesozoico. Ainda sobre dinos inteligentes, contei-lhe da
novela The Homecoming (Walker, 1989)[5],
do Barry B. Longyear. Maurício foi a
segunda pessoa nesta tarde que elogiou Love, Death & Robots. Preciso começar a assistir essa série
urgentemente!
Erick, Felipe, fã e GL-R.
Erick, Ricardo França, GL-R e Felipe.
* *
*
Como ninguém é
de ferro para resistir às tentações literárias, empreendi minha própria incursão
ao estande do saldão e adquiri pela bagatela de vinte reais a coletânea portentosa
George R.R. Martin: RRetrospectiva da Obra (Leya, 2017), que procura
reunir em suas singelas mil e cem páginas, encadernadas em capa dura acolchoada,
toda a ficção curta jamais produzida pelo autor da saga Canção de Gelo e Fogo.
Simplesmente de babar na gravata!
Outra figura
legendária que apareceu no estande da Draco foi Marcelo Rodrigo “Mushi” Pereira,
que nos brindou com a distribuição gratuita de seus fanzines, como faz invariavelmente,
sempre que nos encontramos em feiras de livros ou convenções literárias. Esta é a minha vez que me deparo com o Mushi
e sua esposa no Rio de Janeiro.
Quando estávamos
quase deixando o estande da Draco para jantar, eis que aparece Adilson Júnior,
outro integrante do Vórtice. Ele trouxe
seu próprio exemplar do Octopusgarden, adquirido na Cultura, para que eu
o autografasse. Devemos nos rever no próximo
sábado, ocasião em que destrincharemos a tradução brasileira do romance The
Forever War[6],
do Joe Haldeman.
Ao me
despedir da Débora e da Isilda, aproveitei o ensejo para adquirir três exemplares
da antologia Dinossauros com fins de revenda. Afinal, a primeira tiragem se esgotou antes
que eu pudesse fazê-lo. Urge aproveitar
essa segunda leva.
Já estávamos fora
do Pavilhão 4 e caminhando para a saída do Riocentro a fim de sair para jantar,
eu, Erick, Felipe, Ricardo França, André Orsolon e família, quando França recebe
uma mensagem da filha — que também estava na Bienal, mas se desgarrara do pai —
e então deserta do nosso grupo de aventureiros.
* *
*
Defronte ao
hotel Mercure junto à saída Salvador Allende do Riocentro, pedimos e aguardamos
os UBER que nos conduziriam até o restaurante Empório Santa Therezinha, na
vizinhança da rua em que meu filho Erich reside. Após cerca de meia hora de espera, com direito
à defecção de vários motoristas, enfim os veículos aparecem e nos levam até o Empório. Quando o UBER que conduzia eu, Erick e Felipe
finalmente nos desova no estacionamento do restaurante e nós adentramos no estabelecimento,
deparamo-nos com a família Orsolon, que ainda não havia embarcado em seu próprio
UBER quando partimos do Riocentro. Eles
nos aguardavam numa mesa redonda para seis pessoas.
Uma vez
acomodados, minha primeira preocupação foi escolher um vinho BBB
(bom-bonito-e-barato) para acompanhar nossos pratos. Depois de visitar a enoteca do restaurante, acabei
regressando de mãos vazias ao salão principal: o que era bom no acervo da
enoteca não era barato e o que tinha preço razoável estava longe de ser bom. No entanto, uma vez no salão, bati com os
olhos numa promoção dos rótulos da vinícola chilena Ventisquero: a segunda
garrafa de qualquer rótulo seria vendida pela metade do preço da primeira. Confirmei este fato com o garçom e daí
selecionei o Red Blend 2018, que agradou a mim, ao Erick e ao Felipe, embora a
notícia de que iríamos degustar esse tinto tenha desagradado sobremodo a Chloe,
que se declarou decepcionada conosco. Quando
lhe pedi uma explicação, ela elevou sua vozinha em crítica acerba, afirmando
que o álcool faz muito mal à saúde.
Enquanto André
& Flávia optaram por sanduíches caprichados, a Chloe por uma massa à bolonhesa
e o Felipe ainda analisava as possibilidades gastronômicas do cardápio, eu e
Erick partimos esfaimados para a seleção de queijos e frios do
estabelecimento. Uma vez lá, escolhemos porções
de queijo (grana padano e gorgonzola) e frios (rosbife, presunto de Parma, e salames
hamburguês e milanês), além de uma pasta de bacalhau que nos pareceu apetitosa
e acabou se revelando a pedida mais saborosa do jantar.
Nossos papos
durante esse ágape dos deuses girou em torno dos temas mais diversos. Daqueles que ainda me recordo, destaco os
seguintes: pais idosos e suas sequelas físicas e perdas cognitivas; a apologia
tecida pelo casal Orsolon em relação a uma pizzaria mítica que ambos alegaram existir
num shopping na rua de trás àquele trecho da Avenida das Américas (precisamos checar
as evidências concretas dessas alegações do casal com a maior brevidade
possível!); a excelência dos tintos da casta Primitivo que André vem
experimentando ultimamente; a noção extremamente pertinente de um repórter da Folha
de São Paulo, segundo o qual, após as eleições de 2018, nosso país estaria
sendo governado “pelos últimos alunos da turma”; a série Chernobyl da Netflix, elogiada
pelo Erick e que a minha caçula Ursulla já vem insistindo há tempos para que eu
assista; percentuais dos isótopos de urânio nas bombas atômicas e reatores nucleares;
diferença entre fissão e fusão nucleares.
Tudo isto adoçado pela marra ocasional e divertida da Chloe e a admoestação
do André por eu ter declarado que era só um metido a entender de vinhos.
Erick precisou
nos deixar mais cedo para ajudar sua mãe e a Débora a fechar o estande da Draco
lá no Riocentro. Porém, mal nos despedimos
e já adentrava no estabelecimento nosso amigo Flávio Lúcio Abal. O papo animado reacendeu e, por muito pouco, não
partíamos para uma segunda rodada de comes-e-bebes. Para bem de nossa saúde hepática, com o beneplácito
tácito da Chloe, resistimos à tentação das tentações.
Por volta das
23h30 eu e Felipe pedimos nosso UBER. Desta
vez, o veículo apareceu rápido. Cinquenta
minutos mais tarde, eu desembarcava na calçada do meu prédio.
Mais uma excursão
exaustiva, pero memorável à Bienal do Livro que ocorre no extremo posto da
Cidade Maravilhosa, em relação à nossa posição geográfica atual. Agora, é pensar na Primavera Literária, evento
que, como no ano passado, decorrerá nos jardins do Palácio do Catete, no bairro
epônimo.
Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2019 (sábado).
Participantes:
Adilson Júnior.
Ana Lúcia
Merege.
André Orsolon.
Chloe
Orsolon.
Daniel Braga
(Canto do Gárgula).
Débora Marinho.
Erick Sama
Cardoso.
Flávia Cortes.
Flávia
Orsolon.
Flávio Lúcio
Abal.
Gabriel
Guimarães.
Gerson
Lodi-Ribeiro.
Isilda Moraes.
Luiz Felipe Vasques.
Marcelo Rodrigo Pereira (Mushi).
Maria Luiza Miranda.
Maurício Falcketti.
Paulo Vinicius (Ficções Humanas).
Renata da Conceição Aquino
Ricardo França.
Victor Miranda.
[1]. Nanorresenha extraída
do meu bunker de dados sobre literatura fantástica: Fome de Viver
(The Hunger, 1981) – Bióloga especializada em longevidade se depara com
humanoide imortal que se alimenta dos fluidos vitais humanos e mimetiza perfeitamente
a humanidade para melhor predá-la.
[2]. Aliás, por
conta da Bienal e doutros eventos & motivos, resolvemos adiar nossa reunião
de agosto para o dia 07 de setembro. Sábado
que vem.
[3]. Nanorresenha do
bunker de dados: Altered Carbon (2002) – No século XXV a humanidade se
espalhou num raio de 200 anos-luz do Sistema Solar, diáspora monitorada pelo
olhar vigilante das Nações Unidas. Apesar
das diferenças de raça, classe e religião ainda existirem, avanços tecnológicos
redefiniram o próprio conceito de vida. Para
quem pode bancar o procedimento, a consciência humana é armazenada numa unidade
cortical instalada na base do cérebro e facilmente reencarnada num corpo novo,
tornando a morte nada mais que uma piscadela numa tela de computador. Nesse cenário futurista, após uma morte
particularmente dolorosa, ex-comando diplomático do Protetorado Humano, Takeshi
Kovacs reencarna na Terra do século XXV, a soldo de um dos maiores bilionários
do Sistema Solar, para investigar a morte anterior desse contratante. Os problemas de Kovacs começam quando o
download de sua personalidade se faz no corpo de um tira injustamente condenado
a duzentos anos de virtualidade (pena máxima) por corrupção e tem que enfrentar
a hostilidade da ex-namorada do sujeito, a policial responsável pela investigação
do homicídio ou suicídio de seu contratante.
[4]. Inclusive,
minhas noveletas “Garota-Dinossaura e os Especistas” e “Os Emissários de Nêmesis”. Esta última noveleta, em sua segunda publicação
profissional, após a publicação original na antologia Dinossauria Tropicalia
(GRD, 1994), organizada por Roberto de Sousa Causo, e a primeira republicação,
na minha coletânea O Vampiro de Nova Holanda (Editorial Caminho, 1998).
[5]. Outra nano do
bunker: The Homecoming (1989) – Dinossauros inteligentes regressam à
Terra depois de setenta milhões de anos de exploração galáctica e a descobrem
ocupada pela humanidade. Um oficial da Força
Aérea é enviado como emissário do governo dos EUA para contatar os pretensos
alienígenas.
[6]. The Forever
War (1974) – Clássico da FC militar.
Resposta perfeita ao romance de Robert A. Heinlein Tropas Estelares. Saga de William Mandella, recruta da Força
Espacial na guerra interestelar contra os Tauranos e seus problemas de
adaptação social aos modos voláteis de uma sociedade terrestre em que, por
causa da dilatação temporal, passam-se décadas ou séculos enquanto apenas meses
decorreram para os combatentes. Obra-prima
da literatura militar e da ficção científica.
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