segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lançamento Paulistano
da
Space-Opera


               2011.06051525P1
         “Enfim, a vingança do Capitão Barbosa!”




Acordei às 04:00h de sábado para pegar o ônibus das 06:00h da Expresso Brasileiro na ponte rodoviária Rio-São Paulo.  Viagem tranquila, prazerosamente aproveitada para uma última revisada nas noveletas da Dieselpunk, antologia que estou organizando para a Editora Draco e que deverá ser lançada em agosto na Fantasticon 2011, bem como para reescrever Octopusgarden, romance escrito no universo ficcional Ahapooka como homenagem às temáticas de David Brin no Uplift Universe, que funcionará como prequel de A Guardiã da Memória (Draco, 2011).

Como tudo que é bom dura pouco, acabou que a viagem de seis horas terminou meia hora antes com a chegada no Terminal Tietê às 11:30h.  Do desembarque, direto para a estação de metrô da própria rodoviária, baldeação com mudança de linha na estação Paraíso e, enfim, emersão na estação Consolação, em plena Avenida Paulista, colado no Conjunto Nacional, para almoçar no restaurante Súbito, programa planejado por Hugo Vera, antologista emérito da Space-Opera
Convite paulistano.

Em frente ao Súbito às 12:10h, cinquenta minutos antes do horário que o Hugo anunciara por SMS, avancei até a Livraria Cultura, no interior do mesmo conjunto, para conferir os últimos lançamentos de FCB.  Não havia muita coisa que prestasse, mas, com tempo sobrando e sem lugar para sentar e revisar meus textos, acabei folheando um Xenocídio do Orson Scott Card (romance cuja resenha competente & detonante de Saint-Clair Stockler[1], que mata a cobra e mostra o pau, já me fez desistir de comprar), algumas fantasias brasileiras e os romances de vampiros emos de sempre.  Eis que, entretido em folheadas pueris, reparo com o canto dos olhos num sujeito de meia-idade como eu, em boa forma física como eu e só um pouco mais gordo do que eu, a meu lado, me encarando fixamente.  Viro para encarar e me deparo com meu grande amigo Ivo Heinz.

Por volta das 13:00h, rumamos da Cultura para o Súbito.  Como queríamos mesa para seis, subimos ao segundo andar.  Enquanto esperávamos os demais, pedimos brusquetas e duas taças do Malbec da casa.  Antes das entradas serem servidas, Clinton Davisson aparece no restaurante.

Pedi uma lasanha aos quatro queijos digna da fome de um estivador do cais do porto que eu absolutamente não sentia, ainda mais após a segunda rodada de brusquetas e outra taça de tinto da casa, dessa vez um Cabernet Sauvignon.  Daí, já parti do restaurante para a livraria meio detonado...

Ao longo do repasto, falamos sobre personalidades querelantes velhas e novas da FCB.  Clinton contou-nos que seu romance, Hegemonia: O Herdeiro de Basten (Arte e Cultura, 2007) esgotou a tiragem e que, graças às dificuldades financeiras da editora, obteve uma rescisão de contrato que lhe permitirá negociar a publicação desse e doutros títulos vindouros no mesmo universo ficcional por uma grande editora.

Quando já estávamos quase partindo do Súbito para a Martins Fontes, quase na extremidade oposta da Paulista, eis que nos aparece Fábio Fernandes, já almoçado e pronto para nos acompanhar rumo à livraria onde se daria o lançamento da Space-Opera
Almoço no Súbito - Clinton Davisson, Ivo Heinz, GL-R e Fábio Fernandes.

Ao longo da caminhada até a Martins Fontes, eu e Fábio aproveitamos para colocar nosso papo em dia.  Aproveitei o ensejo para nomeá-lo diretor da sucursal paulistana da Confraria dos Canalhas Anônimos, com direito a receber novos sócios, expedir carteiras e tudo mais.  Falamos sobre experiências editoriais e acadêmicas no país e no exterior, além das fofocas habituais sobre amigos e conhecidos comuns que, naturalmente, não podem ser citadas no espaço juridicamente restrito desta crônica.

Enfim, quando chegamos à Martins Fontes, encontramos nosso amigo Carlos Orsi Martinho e juntos subimos ao segundo piso da livraria, onde se daria o lançamento.  No espaço reservado para o evento já se encontravam presentes, pela Space-Opera em si, os antologistas Hugo Vera e Larissa Caruso, o autor Marcelo Jacinto Ribeiro, além do Sílvio Alexandre, do editor da Draco Erick Sama e sua esposa Janaína.  Renata Vera, esposa do Hugo também estava presente.  Mais tarde, ao longo do bate-papo com os autores e a sessão de autógrafos que se seguiu, chegaram os autores Antonio Luiz da Costa, Cristina Lasaitis e Eric Novello, além dos fãs eméritos Anderson Santos, Camila Fernandes, Edgar “Garapa”, Ludmila Hashimoto, Marcelo Galvão, Renato Azevedo e Rober Pinheiro, vários desses, aliás, também com trabalhos publicados.
Carlos Orsi Martinho e GL-R.

Carlos Orsi Martinho, Erick Sama, Ivo Heinz e Antonio Luiz da Costa.


Regada por refrigerantes, água mineral e um vinho branco razoável (Santa Júlia), assessorados por uma tigela de amendoins e nuts diversas, a parte formal do evento começou com Hugo e Larissa falando da gênese do projeto, organizada a partir das respostas dos autores aos convites para submeter contos e noveletas à antologia.[2]  Das doze submissões, sete foram aprovadas.  Com os contos dos antologistas, o livro totaliza nove trabalhos de ficção, além da introdução assinada por Hugo e Larissa e do ensaio de Fábio Fernandes.  Após essa fala inicial, Hugo e Larissa passaram a palavra aos outros três autores presentes, para que falássemos um pouco de nossos trabalhos.  Apresentei “No Amor e na Guerra” como um space-opera à moda antiga, até um pouco piegas, por ter uma love-story mal resolvida em seu bojo, só esqueci de mencionar que os elementos temáticos ali presentes foram posteriormente aproveitados de forma modificada no universo ficcional Taikodom — uma vez que a noveleta, escrita em meados do ano passado, surgiu de uma sinopse armazenada em meu banco de ideias desde o início da década de 2000.  Bom, conto essa história na próxima oportunidade.
Autores na Mesa de Autógrafos — Marcelo Jacinto Ribeiro, Larissa Caruso, Hugo Vera, GL-R e Clinton Davisson.

O público presente esteve bastante participativo, intervindo ao longo de nossas falas com perguntas pertinentes, comentários espirituosos e piadinhas inteligentes de duplo sentido, algumas vezes infames.  Cheguei a brincar que, se nossos amigos da plateia já estavam tão animados no lançamento de uma antologia de ficção curta no subgênero space-opera, eu não ousava imaginar como se portariam no lançamento de nossa antologia de ficção erótica fantástica que estou presentemente organizando para a Draco. 
Larissa Caruso, autora e antologista.

A partir da instigação do público presente — cerca de cinquenta pessoas ao longo do evento — e aproveitando uma participação num podcast na terça-feira passada[3], procurei conceituar o subgênero space-opera, elencando seus elementos principais e distinguindo a space-opera clássica da new space-opera, uma reformulação dos temas do subgênero sob influência da ficção científica hard, da new wave e de outros bichos mais. 
Eu e a Musa da Tarde.

Fábio Fernandes e Ivo Heinz citaram vários enredos interessantes publicados recentemente em antologias de new space-opera no mercado editorial anglo-saxão.  A meu pedido, Fábio falou de um romance excelente, já meio antigo, mas com elementos temáticos e estilísticos relativamente modernos, The Void Captain’s Tale, de Norman Spinrad, em que os saltos hiperespaciais só são possíveis graças à energia coligida nos orgasmos femininos.

A partir de uma pergunta sobre elementos brasileiros nos contos da antologia e da pronta citação da noveleta “Pendão da Esperança” do Flávio Medeiros, que reputo como melhor texto da antologia, vários beta-readers sorriram ante a lembrança do protagonista, um certo Capitão Barbosa.  A plateia incauta se sentiu intrigada com meu comentário:

— A vingança do Capitão Barbosa!
Fábio Fernandes e GL-R: Síndrome do Capitão Barbosa superada!

Hugo Vera pediu que Fábio Fernandes contextualizasse a Síndrome do Capitão Barbosa para os presentes, uma vez que já havia mencionado a questão en passant em seu prefácio.  Fábio improvisou uma análise brilhante — pontilhada de reminiscências pessoais — da síndrome referida dentro do panorama histórico da ficção científica brasileira do último quarto de século, rememorando o comentário de Bráulio Tavares num ensaio publicado em fanzine há mais de vinte anos, onde defendia a falta de plausibilidade de qualquer enredo de FC hard em que houvesse um Capitão Barbosa no comando de uma belonave estelar à la Enterprise.[4]  Preconceitos e síndromes de cachorro vira-lata à parte, o fato do melhor texto da antologia exibir um tratamento maduro, instigante e consistente do tema do primeiro contato com uma civilização alienígena[5] protagonizada justamente por um Capitão Barbosa denota o quanto a ficção científica lusófona em geral e brasileira em particular evoluíram nestes últimos vinte anos. 
Panorâmica da Martins Fontes.

Eterno Falastrão.

Sílvio Alexandre aproveitou o ensejo e o público reunido no lançamento para fazer alguns anúncios e tirar dúvidas sobre a programação da Fantasticon 2011.  Anunciou minha palestra sobre relações sexuais entre humanos e alienígenas na ficção científica (neste ponto, esclareci que só abordaria as transas interespecíficas de caráter estritamente ficcional, portanto, sem abduções ufológicas, contatos imediatos de nono grau, sondas anais robustas e outros quesitos mais adstritos à ufologia de cunho patológico-sexual do que ao fantástico literário ou cinematográfico).  Anunciou também que este anos a já tradicional mesa-redonda das editoras de literatura fantástica contará apenas com editores e publishers que não participaram em anos anteriores.  Finalmente, falou dos livros que serão lançados na convenção, dentre os quais destaco — por motivo de jabaculê institucional J — meu romance de ficção científica hard e erótica hardcore, A Guardiã da Memória (Draco, 2011) e a antologia steampunk Dieselpunk (Draco, 2011).
Antônio Luiz Costa, Janaína, Rober Pinheiro, Eric Novello, Carlos Orsi Martinho e Ivo Heinz.

Encerrada a parte formal do lançamento, partimos para a sessão de autógrafos.  Embora Erick Sama tenha levado apenas 25 exemplares da Space-Opera para o lançamento, contabilizei pelo menos trinta autógrafos, — sem contar os dois Guardiã da Memória, para Antonio Luiz da Costa e Ivo Heinz — indicando que muitos leitores trouxeram seus exemplares da antologia de casa.  A sessão consumiu mais de uma hora e meia entre autógrafos e bate-papo com os leitores.  Uma vez que a Space-Opera havia esgotado no lançamento carioca da quarta-feira passada, os antologistas tomaram como ponto de honra que o mesmo acontecesse em casa.  Afinal, ali se concentravam seus amigos, parentes e familiares.  Por outro lado, o número de exemplares à venda era maior e muitos leitores e fãs já chegaram à Martins Fontes com seu exemplar comprado debaixo do braço.  Portanto, foi com brados jubilosos que antologistas, autores e publisher comemoraram a venda do último exemplar aos 48 minutos do segundo tempo, às 18:30h, hora em que a gerência da Panquequeria, restaurante onde Hugo reservara mesa para comemorarmos o lançamento, já ligava insistentemente para confirmar se iríamos ou não aparecer no estabelecimento.  Aliás, houve até rebate falso: apareceu um segundo último exemplar, após a venda do primeiro último...  Felizmente, a antiga professora de inglês de Clinton Davisson salvou a pátria em plenos 52 minutos da etapa final, adquirindo o último exemplar verdadeiro da antologia.  Na saída da livraria, confirmei com uma funcionária que o livro havia realmente esgotado, para evitar que o astuto Erick Sama sacasse um exemplar extra da algibeira... 
— Eu não acreditei que esgotaria de novo...

  
Hugo Vera, Ivo Heinz e GL-R.


Conversei brevemente com a autora Camila Fernandes sobre minha alter ego recém-assassinada, Carla Cristina Pereira.  Ela prometeu me enviar alguns comentários sobre um ensaio mezzo-histórico, mezzo-confessional, “Os Anos em que fui Carla” que distribuí há tempos a um punhado de amigos.  Vou aguardar e cobrar.J

Comentei com Cristina Lasaitis, uma das antologistas da Fantástica Literatura Queer (Tarja, 2011), que considero um equívoco estratégico lançar o livro em dois volumes, pelo fato de que ambos cabiam num tomo único de 350 páginas.  Ela rebateu a crítica com o argumento de que a editora planeja lançar outros volumes de FC erótica queer para compor uma coleção mais extensa.  Não sei se a ideia é boa ou não.  Só sei que, como autor, antologista e ex-editor, eu não agiria assim, mas, cada cabeça uma sentença.  De qualquer modo, de acordo com informações constantes no site da editora, a compra do pacote com ambos os volumes sai mais em conta e não está caro.  Como interessado e metido a especialista em literatura erótica fantástica, estou um bocado curioso para ler os quinze trabalhos distribuídos pelos dois volumes e, portanto, não vou conseguir esperar até a Fantasticon 2011 para comprar meu exemplar. 
Hugo e Renata Vera.

 No lançamento paulistano da Space-Opera tive o prazer de conhecer pessoalmente Marcelo Jacinto Ribeiro e Larissa Caruso.  Também conheci Rober Pinheiro, mas muito en passant.  Na despedida, já que não seguiu conosco para o restaurante, Marcelo me transmitiu alguns insights sobre a prática de tiro com arco (popularmente conhecida como "arco e flecha"), atividade esportiva pela qual ele compete há tempos e pela qual me interesso (platonicamente) desde garoto.  Ao contrário de Marcelo, Larissa nos brindou com sua companhia agradável na Panquequeria.
Space-Opera's Bad Boys & Good Girls.

A lamentar, apenas a falta de tempo para conversar melhor com meus amigos Carlos Orsi Martinho e Antonio Luiz da Costa.  Quem sabe não colocamos o papo em dia na Fantasticon 2011.

Embarquei rumo ao restaurante no carro do casal Erick & Janaína.  Larissa seguiu conosco.  Contrariando nossos prognósticos, o veículo do casal anfitrião Hugo & Renata Vera chegou depois do nosso.  Como fomos os primeiros a chegar, quase tropeçamos, literalmente, com um garçom adormecido debaixo de uma mesa junto à nossa.  Por um instante, cheios de literatura fantástica na cabeça, chegamos a pensar que o sujeito não estava apenas dormindo...

Pedi um wrap (espécie de panqueca fechada) texano, recheado de carne moída com molho barbecue.  Além de gostoso, o pedido veio do tamanho exato da minha fome, nem gigantesco, nem diminuto.  Dividi uma garrafa de Salton Clássico Cabernet Sauvignon com o Erick Sama, mas a verdade é que já estava com um pouco de azia em virtude do consumo enológico do almoço e, sobretudo, do lançamento na Martins Fontes.  Já Erick, garoto novo de estômago blindado, encarou uma pizza baiana de proporções genuinamente pantagruélicas.  Imbuído do firme propósito de aniquilar o impávido colosso ou tombar tentando, não obstante o receio bastante compreensível de sua esposa, nosso publisher favorito só não lambeu o prato para não bancar o grosso e — pasmem, mortais! — ainda saiu da Panquequeria caminhando com as próprias pernas e dirigiu seu carro, como se só houvesse degustado um canapé.  Erick Draco, qual nada...  O nome do herói é Erick, a Draga Humana! 
— Erick, eu se eu fosse você não me arriscaria...


Se o bate-papo confessional e as fofocas já haviam sido um must no almoço e na caminhada do Súbito até a livraria, atingimos paroxismos de revelações bombásticas intra e extrafandom.  Huguinho retornou ao assunto saboroso — já abordado no almoço no restaurante carioca Passadiço na quarta-feira passada — do comportamento pouco profissional de certo autor da FCB, ao se recusar a corrigir as falhas de seu conto. 
O Tigre, o Dragão e o Dinossauro. Ao fundo, Anderson espantado.

Quando o telão da extremidade oposta do salão do segundo piso, sintonizado no Jornal Nacional falou da crise política causada pela greve dos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Janaína lembrou-se de uma estada no Rio, quando um salva-vidas malemolente retardou o salvamento de sua prima quase afogada para criticar seu sotaque de paulista.  Foi o bastante para abrir a temporada de zoação ao carioca presente, fenômeno presente em nove de cada dez confraternizações no subfandom paulistano.J  Tentando me defender, Erick afirmou que eu não era um carioca típico.  Não é a primeira vez que ouço a afirmação de que eu seria um carioca com alma de paulista.  Aliás, em geral, ela surge em tom de elogio em Sampa e de crítica no Rio... 
Space-Opera's Good Girls.

Quando Anderson Santos e a esposa Claudmara descobriram que fui Oficial de Marinha, o papo em nosso lado da mesa enveredou por assuntos navais.  Esclareci a diferença entre “comandante” e “capitão” em português e inglês e os erros de tradução frequentes que tal diferença costuma suscitar.  Falei dos postos e patentes navais.  Erick me indagou sobre o conceito de “comodoro”.  Rememorei algumas experiências de Guarda-Marinha e Tenente, respectivamente embarcado a bordo do velho contratorpedeiro Maranhão (antigo USS Caribbean Tiger, destróier que lutou pela US Navy na Segunda Guerra Mundial) e da fragata Constituição.  Enfim, julgo ter entretido os amigos com alguns ditados e chistes navais.

Lá pelas tantas, resolvemos passar à sobremesa.  Anderson pediu uma taça de sorvete de chocolate de nome já esquecido, formato piramidal e proporções queopsianas.  Empolgados com o gigantismo da iguaria, eu, Erick e Huguinho apontamos para a taça do Anderson aos brados:

— Garçom, não sei o nome da sobremesa, mas nos traga três dessas!

Enfim, como tudo que é bom tem hora certa pra acabar, quitamos nossas contas no primeiro piso, despedi-me dos casais Hugo & Renata e Anderson & Claudmara.  Erick & Janaína me deram carona até o Terminal Rodoviário Tietê.  Ao longo do caminho, falamos de nossas próximas viagens ao exterior, nós aqui casa para a Toscana e o Vale do Loire e o Casal 20 da Draco para o Japão.  Aliás, Erick me surpreendeu ao revelar que sabe falar japonês!

Aproveitei o fato de ter chegado na rodoviária uma hora e pouco antes da partida do ônibus da Itapemirim para o Rio às 23:45h para retomar a revisão da última noveleta da Dieselpunk.

Uma vez embarcado, peguei no sono antes do busão partir e só acordei na Rodoviária Novo Rio às 05:45 deste domingo.  Táxi tomado e às 06:00h já estava em casa.

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 05 de junho de 2011 (domingo).


Agradecimentos especiais aos amigos que nos ajudaram a tirar fotos com a minha câmera e a do Hugo Vera. Abraços e Beijos!

Participantes:
Anderson Santos
Antonio Luiz da Costa
Camila Fernandes
Claudmara
Clinton Davisson (Autor)
Cristina Lasaitis
David Hoffmann
Edgar “Garapa”
Erick Sama (Draco)
Eric Novello
Fábio Fernandes (Prefaciador)
Gerson Lodi-Ribeiro (Autor)
Hugo Vera (Antologista & Autor)
Ivo Heinz
Janaína Costa (Draco)
Larissa Caruso (Antologista & Autora)
Leona Volpe
Ludmila Hashimoto
Marcelo Galvão
Marcelo Jacinto Ribeiro (Autor)
Renata Vera
Renato Azevedo
Rober Pinheiro
Sílvio Alexandre




[1].  http://esooutroblogue.wordpress.com/2010/06/22/xenocidio-de-orson-scott-card-sob-a-otica-de-saint-clair-stockler/
[2].  Além da introdução da dupla de antologistas e do ensaio “Onde Nenhum Brasileiro Jamais Esteve?” de Fábio Fernandes, a antologia apresenta nove trabalhos de ficção curta, entre contos e noveletas, na ordem de apresentação seguinte: “No Amor e na Guerra” (Gerson Lodi-Ribeiro); “A Esfera Dourada” (Clinton Davisson); “Mádrax” (Maria Helena Bandeira); “Tempo Instável” (Jorge Luiz Calife); “Temos que Cumprir a Cota” (Letícia Velásquez); “Seu Momento de Glória” (Marcelo Jacinto Ribeiro); “Logan Marshall” (Larissa Caruso); “Ganimedes” (Hugo Vera); e “Pendão da Esperança” (Flávio Medeiros Jr.).
[3].  Gravação via Skype para o podcast de Fábio M. Barreto, braço armado de ficção científica brasileira em Hollywood, sobre Space-Opera, o subgênero e a antologia em si, com participações minha e do Clinton Davisson.
[4].  No âmbito da história alternativa, dialoguei com essa celeuma há coisa de vinte anos, ao colocar um Comandante Barbosa em minha noveleta “A Ética da Traição” (in O Atlântico Tem Duas Margens, julho de 1992, e Isaac Asimov Magazine # 25, janeiro de 1993).  Só que ali o comandante do submarino de ataque brasileiro não chega a aparecer como personagem, sendo apenas citado pelos demais.
[5].  Reputo “Pendão da Esperança” como um dos dois melhores textos de primeiro contato da ficção científica brasileira.  O outro é, em minha opinião, “O Molusco e o Transatlântico”, do próprio Bráulio Tavares, publicado em Vinte Voltas ao Redor do Sol (Clube de Leitores de Ficção Científica, 2005).

12 comentários:

  1. Ótimo relato, Gerson, como sempre!
    Só algumas correções:

    - Na verdade não foi o Silvio Alexandre quem pediu ao Fábio Fernandes explicar quem era o Capitão Barbosa aos presentes, mas sim eu (pois até citei que ele falava disso em seu ensaio).

    - O Marcelo Jacinto Ribeiro diz que o nome correto do esporte não é "arco e flecha" (embora eu mesmo já tenha me equivocado com isso) mas sim "Tiro com Arco".

    E foi muito bom revê-lo aqui em São Paulo e compartilharmos momentos vitoriosos divertidos com a tripulação Space Opera. Estamos ansiosos agora pela Fantasticon para termos os amigos reunidos novamente.

    Até breve!
    ;-)

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  2. Oi Gérson! Obrigada pela opinião a respeito da Queer. Como eu disse, foi uma decisão do nosso editor.
    Ah, e não é literatura necessariamente erótica.

    Abraços
    Cristina

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  3. Perfeito, Cristina.
    De qualquer forma, estou curioso para conferir os trabalhos. :-)

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  4. Como "só um pouco mais gordo que eu"??? Você está magro, hahahahahaha.

    Foi muito legal revê-lo, preciso ir pro RJ um dia destes.

    Abraços

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  5. Bondade sua, Ivo. São seus olhos... :-)

    Será um prazer recebê-lo aqui no Rio.

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  6. Aqui, sinceramente emocionado com a crítica à noveleta "Pendão da Esperança", por vir de quem vem. Ansioso por ter o livro em mãos e ler os demais trabalhos. Invejoso por não ter estado presente. Entusiasmado para escrever mais. São tantas emoções...

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  7. Ótimo relato Gerson.

    Realmente foi um evento bem interessante. Tive o prazer de conhecer o Erick, o Hugo e a Larissa pessoalmente, além de reencontrar alguns velhos conhecidos de outros eventos.

    Nos cumprimentamos rapidamente quando eu estava me despedindo do Erick, mas espero que possamos conversar mais no Fantasticon ou em outros lançamentos por aí!

    Abraço

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  8. Estar com os mestres é realmente muito bom. Mas no final preferi ir embora com as meninas. Cheiram bem melhor...rs

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  9. Lamento muito não ter podido comparecer. Foi mesmo ótimo!

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  10. Emoções de Andrômeda: Parabéns pelo "Pendão da Esperança", Flávio! Muito além da "space-opera"!

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