domingo, 12 de junho de 2011

ERICK saMA IN RIO

            2011.06082359P4

 “Olha, você até escreve bem, mas não tão bem quanto
suas críticas aos trabalhos alheios fazem os incautos supor...”


Após diversas promessas vãs, eis que meu amigo, o publisher da Draco, Erick Sama, apareceu aqui no Rio para tomarmos um vinho, ainda que tenha sido uma visita-relâmpago, daquela que não costuma contar ponto.

Erick veio ao Rio representando a Editora Globo numa convenção de literatura infantojuvenil que está rolando ao longo desta semana no Centro de Convenções Sul-América, na Cidade Nova, bem perto da Prefeitura.

Quando encerrou sua participação por volta das 14:00h, Erick me passou um SMS e eu peguei um táxi para buscá-lo.  Depois de alguns desencontros quanto à portaria do complexo pela qual ele deveria sair, com o motorista do táxi dando um show de paciência e fairplay, enquanto eu e Erick tentávamos achar um ao outro via saraivadas de torpedos sucessivas.  Afinal, acabamos nos encontrando junto ao ponto de táxi do complexo e seguimos de táxi até o restaurante tijucano Turino, especializado em cozinha italiana.

No caminho, Erick falou que conheceu hoje Flávia Cortez, autora de um dos contos da Meu Amor é um Anjo (Draco, 2011), antologia organizada por Eric Novello e Janaína Chervezan.  Aproveitamos o ensejo para fechar enfim o título da antologia erótica fantástica que organizarei para a Draco: Erotica Phantastica, com destaque para a primeira palavra, que virá em corpo maior do que a última.

À porta do estabelecimento encontramos Octavio Aragão, que havia combinado encontrar conosco para o almoço.  Como ambos já haviam almoçado, dividimos uma garrafa de Pata Negra Gran Reserva, várias águas minerais e eu aproveitei para almoçar um penne com filet-mignon.

Octavio Aragão e GL-R: colocando o papo em dia.


Ao longo da degustação daquele saboroso tinto espanhol da região de Valdepeñas, conversamos sobre lançamentos e atitudes editoriais recentes.  Falamos um bocado dos efeitos positivos e negativos da autopropaganda internética empregada amiúde por novos autores brasileiros da FC&F, aos quais alguns se referem em conjunto pelo termo toffleriano “Terceira Onda”.  O problema é que, com o excesso de autopromoção, normalmente se gera um excesso de expectativa, que acaba resultando em decepção para o leitor incauto.

Octavio contou alguns detalhes do desenvolvimento de seu romance A Mão que Pune, continuação do seu aclamado A Mão que Cria (Mercuryo, 2006).  Em troca, descrevi alguns trechos brilhantes em três ou quatro noveletas aprovadas para publicação na Dieselpunk, antologia que organizei para a Draco e que deverá ser lançada em agosto próximo, na Fantasticon 2011.

Erick "Sama" Cardoso, Octavio Aragão e GL-R.


Ao fim do repasto, como eu regressaria ao trabalho na Secretaria de Fazenda, Octavio devia buscar o filho no colégio e Erick precisava deixar alguns exemplares adicionais da Meu Amor é um Anjo para o lançamento carioca na Blooks, caminhamos até a estação Saenz Peña do metrô.

Saltei na estação Estácio para continuar minha jornada de trabalho na Prefeitura, satisfeito em ter almoçado com bons amigos e trocar insights valiosos sobre o estado da arte do fandom da literatura fantástica brasileira.

Uma pena que Erick Sama não tenha podido passar mais tempo no Rio, para organizarmos um queijos & vinhos para ele ou, miseravelmente, uma reunião no Estação Gourmet com autores e fãs cariocas que sentem curiosidade em conhecê-lo pessoalmente.  Bem, ficará para a próxima oportunidade.  E que seja em breve!

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 08 de junho de 2011 (quarta-feira).



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lançamento Paulistano
da
Space-Opera


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         “Enfim, a vingança do Capitão Barbosa!”




Acordei às 04:00h de sábado para pegar o ônibus das 06:00h da Expresso Brasileiro na ponte rodoviária Rio-São Paulo.  Viagem tranquila, prazerosamente aproveitada para uma última revisada nas noveletas da Dieselpunk, antologia que estou organizando para a Editora Draco e que deverá ser lançada em agosto na Fantasticon 2011, bem como para reescrever Octopusgarden, romance escrito no universo ficcional Ahapooka como homenagem às temáticas de David Brin no Uplift Universe, que funcionará como prequel de A Guardiã da Memória (Draco, 2011).

Como tudo que é bom dura pouco, acabou que a viagem de seis horas terminou meia hora antes com a chegada no Terminal Tietê às 11:30h.  Do desembarque, direto para a estação de metrô da própria rodoviária, baldeação com mudança de linha na estação Paraíso e, enfim, emersão na estação Consolação, em plena Avenida Paulista, colado no Conjunto Nacional, para almoçar no restaurante Súbito, programa planejado por Hugo Vera, antologista emérito da Space-Opera
Convite paulistano.

Em frente ao Súbito às 12:10h, cinquenta minutos antes do horário que o Hugo anunciara por SMS, avancei até a Livraria Cultura, no interior do mesmo conjunto, para conferir os últimos lançamentos de FCB.  Não havia muita coisa que prestasse, mas, com tempo sobrando e sem lugar para sentar e revisar meus textos, acabei folheando um Xenocídio do Orson Scott Card (romance cuja resenha competente & detonante de Saint-Clair Stockler[1], que mata a cobra e mostra o pau, já me fez desistir de comprar), algumas fantasias brasileiras e os romances de vampiros emos de sempre.  Eis que, entretido em folheadas pueris, reparo com o canto dos olhos num sujeito de meia-idade como eu, em boa forma física como eu e só um pouco mais gordo do que eu, a meu lado, me encarando fixamente.  Viro para encarar e me deparo com meu grande amigo Ivo Heinz.

Por volta das 13:00h, rumamos da Cultura para o Súbito.  Como queríamos mesa para seis, subimos ao segundo andar.  Enquanto esperávamos os demais, pedimos brusquetas e duas taças do Malbec da casa.  Antes das entradas serem servidas, Clinton Davisson aparece no restaurante.

Pedi uma lasanha aos quatro queijos digna da fome de um estivador do cais do porto que eu absolutamente não sentia, ainda mais após a segunda rodada de brusquetas e outra taça de tinto da casa, dessa vez um Cabernet Sauvignon.  Daí, já parti do restaurante para a livraria meio detonado...

Ao longo do repasto, falamos sobre personalidades querelantes velhas e novas da FCB.  Clinton contou-nos que seu romance, Hegemonia: O Herdeiro de Basten (Arte e Cultura, 2007) esgotou a tiragem e que, graças às dificuldades financeiras da editora, obteve uma rescisão de contrato que lhe permitirá negociar a publicação desse e doutros títulos vindouros no mesmo universo ficcional por uma grande editora.

Quando já estávamos quase partindo do Súbito para a Martins Fontes, quase na extremidade oposta da Paulista, eis que nos aparece Fábio Fernandes, já almoçado e pronto para nos acompanhar rumo à livraria onde se daria o lançamento da Space-Opera
Almoço no Súbito - Clinton Davisson, Ivo Heinz, GL-R e Fábio Fernandes.

Ao longo da caminhada até a Martins Fontes, eu e Fábio aproveitamos para colocar nosso papo em dia.  Aproveitei o ensejo para nomeá-lo diretor da sucursal paulistana da Confraria dos Canalhas Anônimos, com direito a receber novos sócios, expedir carteiras e tudo mais.  Falamos sobre experiências editoriais e acadêmicas no país e no exterior, além das fofocas habituais sobre amigos e conhecidos comuns que, naturalmente, não podem ser citadas no espaço juridicamente restrito desta crônica.

Enfim, quando chegamos à Martins Fontes, encontramos nosso amigo Carlos Orsi Martinho e juntos subimos ao segundo piso da livraria, onde se daria o lançamento.  No espaço reservado para o evento já se encontravam presentes, pela Space-Opera em si, os antologistas Hugo Vera e Larissa Caruso, o autor Marcelo Jacinto Ribeiro, além do Sílvio Alexandre, do editor da Draco Erick Sama e sua esposa Janaína.  Renata Vera, esposa do Hugo também estava presente.  Mais tarde, ao longo do bate-papo com os autores e a sessão de autógrafos que se seguiu, chegaram os autores Antonio Luiz da Costa, Cristina Lasaitis e Eric Novello, além dos fãs eméritos Anderson Santos, Camila Fernandes, Edgar “Garapa”, Ludmila Hashimoto, Marcelo Galvão, Renato Azevedo e Rober Pinheiro, vários desses, aliás, também com trabalhos publicados.
Carlos Orsi Martinho e GL-R.

Carlos Orsi Martinho, Erick Sama, Ivo Heinz e Antonio Luiz da Costa.


Regada por refrigerantes, água mineral e um vinho branco razoável (Santa Júlia), assessorados por uma tigela de amendoins e nuts diversas, a parte formal do evento começou com Hugo e Larissa falando da gênese do projeto, organizada a partir das respostas dos autores aos convites para submeter contos e noveletas à antologia.[2]  Das doze submissões, sete foram aprovadas.  Com os contos dos antologistas, o livro totaliza nove trabalhos de ficção, além da introdução assinada por Hugo e Larissa e do ensaio de Fábio Fernandes.  Após essa fala inicial, Hugo e Larissa passaram a palavra aos outros três autores presentes, para que falássemos um pouco de nossos trabalhos.  Apresentei “No Amor e na Guerra” como um space-opera à moda antiga, até um pouco piegas, por ter uma love-story mal resolvida em seu bojo, só esqueci de mencionar que os elementos temáticos ali presentes foram posteriormente aproveitados de forma modificada no universo ficcional Taikodom — uma vez que a noveleta, escrita em meados do ano passado, surgiu de uma sinopse armazenada em meu banco de ideias desde o início da década de 2000.  Bom, conto essa história na próxima oportunidade.
Autores na Mesa de Autógrafos — Marcelo Jacinto Ribeiro, Larissa Caruso, Hugo Vera, GL-R e Clinton Davisson.

O público presente esteve bastante participativo, intervindo ao longo de nossas falas com perguntas pertinentes, comentários espirituosos e piadinhas inteligentes de duplo sentido, algumas vezes infames.  Cheguei a brincar que, se nossos amigos da plateia já estavam tão animados no lançamento de uma antologia de ficção curta no subgênero space-opera, eu não ousava imaginar como se portariam no lançamento de nossa antologia de ficção erótica fantástica que estou presentemente organizando para a Draco. 
Larissa Caruso, autora e antologista.

A partir da instigação do público presente — cerca de cinquenta pessoas ao longo do evento — e aproveitando uma participação num podcast na terça-feira passada[3], procurei conceituar o subgênero space-opera, elencando seus elementos principais e distinguindo a space-opera clássica da new space-opera, uma reformulação dos temas do subgênero sob influência da ficção científica hard, da new wave e de outros bichos mais. 
Eu e a Musa da Tarde.

Fábio Fernandes e Ivo Heinz citaram vários enredos interessantes publicados recentemente em antologias de new space-opera no mercado editorial anglo-saxão.  A meu pedido, Fábio falou de um romance excelente, já meio antigo, mas com elementos temáticos e estilísticos relativamente modernos, The Void Captain’s Tale, de Norman Spinrad, em que os saltos hiperespaciais só são possíveis graças à energia coligida nos orgasmos femininos.

A partir de uma pergunta sobre elementos brasileiros nos contos da antologia e da pronta citação da noveleta “Pendão da Esperança” do Flávio Medeiros, que reputo como melhor texto da antologia, vários beta-readers sorriram ante a lembrança do protagonista, um certo Capitão Barbosa.  A plateia incauta se sentiu intrigada com meu comentário:

— A vingança do Capitão Barbosa!
Fábio Fernandes e GL-R: Síndrome do Capitão Barbosa superada!

Hugo Vera pediu que Fábio Fernandes contextualizasse a Síndrome do Capitão Barbosa para os presentes, uma vez que já havia mencionado a questão en passant em seu prefácio.  Fábio improvisou uma análise brilhante — pontilhada de reminiscências pessoais — da síndrome referida dentro do panorama histórico da ficção científica brasileira do último quarto de século, rememorando o comentário de Bráulio Tavares num ensaio publicado em fanzine há mais de vinte anos, onde defendia a falta de plausibilidade de qualquer enredo de FC hard em que houvesse um Capitão Barbosa no comando de uma belonave estelar à la Enterprise.[4]  Preconceitos e síndromes de cachorro vira-lata à parte, o fato do melhor texto da antologia exibir um tratamento maduro, instigante e consistente do tema do primeiro contato com uma civilização alienígena[5] protagonizada justamente por um Capitão Barbosa denota o quanto a ficção científica lusófona em geral e brasileira em particular evoluíram nestes últimos vinte anos. 
Panorâmica da Martins Fontes.

Eterno Falastrão.

Sílvio Alexandre aproveitou o ensejo e o público reunido no lançamento para fazer alguns anúncios e tirar dúvidas sobre a programação da Fantasticon 2011.  Anunciou minha palestra sobre relações sexuais entre humanos e alienígenas na ficção científica (neste ponto, esclareci que só abordaria as transas interespecíficas de caráter estritamente ficcional, portanto, sem abduções ufológicas, contatos imediatos de nono grau, sondas anais robustas e outros quesitos mais adstritos à ufologia de cunho patológico-sexual do que ao fantástico literário ou cinematográfico).  Anunciou também que este anos a já tradicional mesa-redonda das editoras de literatura fantástica contará apenas com editores e publishers que não participaram em anos anteriores.  Finalmente, falou dos livros que serão lançados na convenção, dentre os quais destaco — por motivo de jabaculê institucional J — meu romance de ficção científica hard e erótica hardcore, A Guardiã da Memória (Draco, 2011) e a antologia steampunk Dieselpunk (Draco, 2011).
Antônio Luiz Costa, Janaína, Rober Pinheiro, Eric Novello, Carlos Orsi Martinho e Ivo Heinz.

Encerrada a parte formal do lançamento, partimos para a sessão de autógrafos.  Embora Erick Sama tenha levado apenas 25 exemplares da Space-Opera para o lançamento, contabilizei pelo menos trinta autógrafos, — sem contar os dois Guardiã da Memória, para Antonio Luiz da Costa e Ivo Heinz — indicando que muitos leitores trouxeram seus exemplares da antologia de casa.  A sessão consumiu mais de uma hora e meia entre autógrafos e bate-papo com os leitores.  Uma vez que a Space-Opera havia esgotado no lançamento carioca da quarta-feira passada, os antologistas tomaram como ponto de honra que o mesmo acontecesse em casa.  Afinal, ali se concentravam seus amigos, parentes e familiares.  Por outro lado, o número de exemplares à venda era maior e muitos leitores e fãs já chegaram à Martins Fontes com seu exemplar comprado debaixo do braço.  Portanto, foi com brados jubilosos que antologistas, autores e publisher comemoraram a venda do último exemplar aos 48 minutos do segundo tempo, às 18:30h, hora em que a gerência da Panquequeria, restaurante onde Hugo reservara mesa para comemorarmos o lançamento, já ligava insistentemente para confirmar se iríamos ou não aparecer no estabelecimento.  Aliás, houve até rebate falso: apareceu um segundo último exemplar, após a venda do primeiro último...  Felizmente, a antiga professora de inglês de Clinton Davisson salvou a pátria em plenos 52 minutos da etapa final, adquirindo o último exemplar verdadeiro da antologia.  Na saída da livraria, confirmei com uma funcionária que o livro havia realmente esgotado, para evitar que o astuto Erick Sama sacasse um exemplar extra da algibeira... 
— Eu não acreditei que esgotaria de novo...

  
Hugo Vera, Ivo Heinz e GL-R.


Conversei brevemente com a autora Camila Fernandes sobre minha alter ego recém-assassinada, Carla Cristina Pereira.  Ela prometeu me enviar alguns comentários sobre um ensaio mezzo-histórico, mezzo-confessional, “Os Anos em que fui Carla” que distribuí há tempos a um punhado de amigos.  Vou aguardar e cobrar.J

Comentei com Cristina Lasaitis, uma das antologistas da Fantástica Literatura Queer (Tarja, 2011), que considero um equívoco estratégico lançar o livro em dois volumes, pelo fato de que ambos cabiam num tomo único de 350 páginas.  Ela rebateu a crítica com o argumento de que a editora planeja lançar outros volumes de FC erótica queer para compor uma coleção mais extensa.  Não sei se a ideia é boa ou não.  Só sei que, como autor, antologista e ex-editor, eu não agiria assim, mas, cada cabeça uma sentença.  De qualquer modo, de acordo com informações constantes no site da editora, a compra do pacote com ambos os volumes sai mais em conta e não está caro.  Como interessado e metido a especialista em literatura erótica fantástica, estou um bocado curioso para ler os quinze trabalhos distribuídos pelos dois volumes e, portanto, não vou conseguir esperar até a Fantasticon 2011 para comprar meu exemplar. 
Hugo e Renata Vera.

 No lançamento paulistano da Space-Opera tive o prazer de conhecer pessoalmente Marcelo Jacinto Ribeiro e Larissa Caruso.  Também conheci Rober Pinheiro, mas muito en passant.  Na despedida, já que não seguiu conosco para o restaurante, Marcelo me transmitiu alguns insights sobre a prática de tiro com arco (popularmente conhecida como "arco e flecha"), atividade esportiva pela qual ele compete há tempos e pela qual me interesso (platonicamente) desde garoto.  Ao contrário de Marcelo, Larissa nos brindou com sua companhia agradável na Panquequeria.
Space-Opera's Bad Boys & Good Girls.

A lamentar, apenas a falta de tempo para conversar melhor com meus amigos Carlos Orsi Martinho e Antonio Luiz da Costa.  Quem sabe não colocamos o papo em dia na Fantasticon 2011.

Embarquei rumo ao restaurante no carro do casal Erick & Janaína.  Larissa seguiu conosco.  Contrariando nossos prognósticos, o veículo do casal anfitrião Hugo & Renata Vera chegou depois do nosso.  Como fomos os primeiros a chegar, quase tropeçamos, literalmente, com um garçom adormecido debaixo de uma mesa junto à nossa.  Por um instante, cheios de literatura fantástica na cabeça, chegamos a pensar que o sujeito não estava apenas dormindo...

Pedi um wrap (espécie de panqueca fechada) texano, recheado de carne moída com molho barbecue.  Além de gostoso, o pedido veio do tamanho exato da minha fome, nem gigantesco, nem diminuto.  Dividi uma garrafa de Salton Clássico Cabernet Sauvignon com o Erick Sama, mas a verdade é que já estava com um pouco de azia em virtude do consumo enológico do almoço e, sobretudo, do lançamento na Martins Fontes.  Já Erick, garoto novo de estômago blindado, encarou uma pizza baiana de proporções genuinamente pantagruélicas.  Imbuído do firme propósito de aniquilar o impávido colosso ou tombar tentando, não obstante o receio bastante compreensível de sua esposa, nosso publisher favorito só não lambeu o prato para não bancar o grosso e — pasmem, mortais! — ainda saiu da Panquequeria caminhando com as próprias pernas e dirigiu seu carro, como se só houvesse degustado um canapé.  Erick Draco, qual nada...  O nome do herói é Erick, a Draga Humana! 
— Erick, eu se eu fosse você não me arriscaria...


Se o bate-papo confessional e as fofocas já haviam sido um must no almoço e na caminhada do Súbito até a livraria, atingimos paroxismos de revelações bombásticas intra e extrafandom.  Huguinho retornou ao assunto saboroso — já abordado no almoço no restaurante carioca Passadiço na quarta-feira passada — do comportamento pouco profissional de certo autor da FCB, ao se recusar a corrigir as falhas de seu conto. 
O Tigre, o Dragão e o Dinossauro. Ao fundo, Anderson espantado.

Quando o telão da extremidade oposta do salão do segundo piso, sintonizado no Jornal Nacional falou da crise política causada pela greve dos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Janaína lembrou-se de uma estada no Rio, quando um salva-vidas malemolente retardou o salvamento de sua prima quase afogada para criticar seu sotaque de paulista.  Foi o bastante para abrir a temporada de zoação ao carioca presente, fenômeno presente em nove de cada dez confraternizações no subfandom paulistano.J  Tentando me defender, Erick afirmou que eu não era um carioca típico.  Não é a primeira vez que ouço a afirmação de que eu seria um carioca com alma de paulista.  Aliás, em geral, ela surge em tom de elogio em Sampa e de crítica no Rio... 
Space-Opera's Good Girls.

Quando Anderson Santos e a esposa Claudmara descobriram que fui Oficial de Marinha, o papo em nosso lado da mesa enveredou por assuntos navais.  Esclareci a diferença entre “comandante” e “capitão” em português e inglês e os erros de tradução frequentes que tal diferença costuma suscitar.  Falei dos postos e patentes navais.  Erick me indagou sobre o conceito de “comodoro”.  Rememorei algumas experiências de Guarda-Marinha e Tenente, respectivamente embarcado a bordo do velho contratorpedeiro Maranhão (antigo USS Caribbean Tiger, destróier que lutou pela US Navy na Segunda Guerra Mundial) e da fragata Constituição.  Enfim, julgo ter entretido os amigos com alguns ditados e chistes navais.

Lá pelas tantas, resolvemos passar à sobremesa.  Anderson pediu uma taça de sorvete de chocolate de nome já esquecido, formato piramidal e proporções queopsianas.  Empolgados com o gigantismo da iguaria, eu, Erick e Huguinho apontamos para a taça do Anderson aos brados:

— Garçom, não sei o nome da sobremesa, mas nos traga três dessas!

Enfim, como tudo que é bom tem hora certa pra acabar, quitamos nossas contas no primeiro piso, despedi-me dos casais Hugo & Renata e Anderson & Claudmara.  Erick & Janaína me deram carona até o Terminal Rodoviário Tietê.  Ao longo do caminho, falamos de nossas próximas viagens ao exterior, nós aqui casa para a Toscana e o Vale do Loire e o Casal 20 da Draco para o Japão.  Aliás, Erick me surpreendeu ao revelar que sabe falar japonês!

Aproveitei o fato de ter chegado na rodoviária uma hora e pouco antes da partida do ônibus da Itapemirim para o Rio às 23:45h para retomar a revisão da última noveleta da Dieselpunk.

Uma vez embarcado, peguei no sono antes do busão partir e só acordei na Rodoviária Novo Rio às 05:45 deste domingo.  Táxi tomado e às 06:00h já estava em casa.

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 05 de junho de 2011 (domingo).


Agradecimentos especiais aos amigos que nos ajudaram a tirar fotos com a minha câmera e a do Hugo Vera. Abraços e Beijos!

Participantes:
Anderson Santos
Antonio Luiz da Costa
Camila Fernandes
Claudmara
Clinton Davisson (Autor)
Cristina Lasaitis
David Hoffmann
Edgar “Garapa”
Erick Sama (Draco)
Eric Novello
Fábio Fernandes (Prefaciador)
Gerson Lodi-Ribeiro (Autor)
Hugo Vera (Antologista & Autor)
Ivo Heinz
Janaína Costa (Draco)
Larissa Caruso (Antologista & Autora)
Leona Volpe
Ludmila Hashimoto
Marcelo Galvão
Marcelo Jacinto Ribeiro (Autor)
Renata Vera
Renato Azevedo
Rober Pinheiro
Sílvio Alexandre




[1].  http://esooutroblogue.wordpress.com/2010/06/22/xenocidio-de-orson-scott-card-sob-a-otica-de-saint-clair-stockler/
[2].  Além da introdução da dupla de antologistas e do ensaio “Onde Nenhum Brasileiro Jamais Esteve?” de Fábio Fernandes, a antologia apresenta nove trabalhos de ficção curta, entre contos e noveletas, na ordem de apresentação seguinte: “No Amor e na Guerra” (Gerson Lodi-Ribeiro); “A Esfera Dourada” (Clinton Davisson); “Mádrax” (Maria Helena Bandeira); “Tempo Instável” (Jorge Luiz Calife); “Temos que Cumprir a Cota” (Letícia Velásquez); “Seu Momento de Glória” (Marcelo Jacinto Ribeiro); “Logan Marshall” (Larissa Caruso); “Ganimedes” (Hugo Vera); e “Pendão da Esperança” (Flávio Medeiros Jr.).
[3].  Gravação via Skype para o podcast de Fábio M. Barreto, braço armado de ficção científica brasileira em Hollywood, sobre Space-Opera, o subgênero e a antologia em si, com participações minha e do Clinton Davisson.
[4].  No âmbito da história alternativa, dialoguei com essa celeuma há coisa de vinte anos, ao colocar um Comandante Barbosa em minha noveleta “A Ética da Traição” (in O Atlântico Tem Duas Margens, julho de 1992, e Isaac Asimov Magazine # 25, janeiro de 1993).  Só que ali o comandante do submarino de ataque brasileiro não chega a aparecer como personagem, sendo apenas citado pelos demais.
[5].  Reputo “Pendão da Esperança” como um dos dois melhores textos de primeiro contato da ficção científica brasileira.  O outro é, em minha opinião, “O Molusco e o Transatlântico”, do próprio Bráulio Tavares, publicado em Vinte Voltas ao Redor do Sol (Clube de Leitores de Ficção Científica, 2005).

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Spaceblooks ii
Dia 3 Lançamentos da SPace-Opera e do Guardiã da MEmória


           2011.06012359P4

“Gerson, este seu lançamento está muito fraco.  Não tem mais livro, o vinho já acabou...  Não sei, não.  Acho que você vai ter que fazer outro para atender os amigos que ficaram na mão.”

[Sergio Oddone, do grupo BLISS com sinceridade
somente possível a um grande amigo de infância]



Estive hoje na Livraria Blooks, no complexo Unibanco Artplex, em plena Praia de Botafogo, para o encerramento da SpaceBlooks II, com o tão aguardado (pelo menos por mim!) lançamento carioca de meu romance de ficção científica erótica, A Guardiã da Memória (Draco, 2011), bem como da antologia de FC, Space-Opera (Draco, 2011)[1], organizada por Hugo Vera e Larissa Caruso.

Convite para o lançamento duplo.


Como o antologista Hugo Vera veio para o lançamento, encontrei-o na Rodoviária Novo Rio, onde aproveitei para comprar minhas passagens de ida e volta para Sampa no próximo sábado, por conta do lançamento paulistano da Space-Opera.  Da Novo Rio tomamos um táxi até a Lagoa para almoçar no Clube Naval (Piraquê) em companhia de Octavio Aragão, grande amigo e curador da Space Blooks 2011.  Enquanto aguardávamos Octavio, examinamos o belo banner que Hugo preparou para o lançamento da antologia.  Assim que Octavio chegou rumamos para o restaurante Passadiço, situado no segundo andar do clube com uma vista belíssima para a Lagoa Rodrigo de Freitas.  Almoçamos em meio ao bate-papo animado sobre antologias temáticas recentes e futuras, enredos sherlockianos em diversas mídias e ficção científica em geral.  Pedi o tradicional filé ao gorgonzola com batata rostie, Octavio optou por um peixe grelhado e Hugo foi de massa (creio que uma lasanha à bolonhesa).  Nós cariocas beberrões dividimos uma garrafa do tinto argentino Los Nevados Malbec 2007, ao passo que o paulistano abstêmio (sim, existe) tomou um suco de laranja.  Octavio nos falou do sucesso retumbante do segundo dia da Space Blooks 2011, que consistiu numa palestra do autor britânico Robert Shearman.  Além de ter bombado casa cheia, com pouca gente do fandom, mas muitos fãs das séries Dr. Who (das quais Shearman é roteirista), houve presença maciça da mídia, inclusive televisiva.

Almoço no Passadiço, Clube Naval (Piraquê).

Do Clube Naval caminhamos até minha casa, onde deixamos bagagens e banner e aproveitei para mostrar minha biblioteca ao Hugo e exibir os prêmios e diplomas auferidos por minha alter ego literária, Carla Cristina Pereira.  Aliás, já pelo caminho divulguei alguns nomes de fãs proeminentes que demonstravam uma quedinha pela Carla...

De casa eu e Hugo fomos caminhar no arboreto do Jardim Botânico, enquanto, num gesto magnânimo, Octavio transportou as seis garrafas de Boscato Reserva Merlot 2007 para a Blooks, para o lançamento conjunto das horas seguintes.

Pena que o tempo nublado não tenha permitido cumprir o programa planejado para a curta estada de Hugo Vera na Cidade Maravilhosa.  A visita ao Cristo Redentor tornou-se impraticável, pois o Corcovado apresentava-se coberto de nuvens.  Restou-nos, portanto, a caminhada pelas aleias e trilhas do arboreto do Jardim Botânico, sobretudo em torno dos lagos Frei Leandro e Pintos de Saracura, na antiga Fábrica de Pólvora e nas margens do Rio dos Macacos.  Ao longo do passeio, falei ao Hugo do hábito que desenvolvi recentemente das caminhadas diárias pelo Jardim Botânico.

Do arboreto voltamos para casa para nos prepararmos para a noite de lançamentos.  Tomamos um táxi e, meia hora de engarrafamento mais tarde, chegamos à Blooks por volta das 18:00h.  Já na entrada da galeria, encontramos o fã emérito Ricardo França e, pouco depois, na entrada da Blooks, minha grande amiga Mônica Chefer, que me encarregou de entregar o presente de aniversário da Cláudia, que só chegaria mais tarde com o pai, Ursulla e Ítalo.

Draco on the Blooks (by H.Vera)


Mal chegamos na livraria e descobrimos que a Draco só mandara vinte exemplares de cada um dos dois títulos do lançamento.  Imediatamente bateu o medo de que os livros esgotassem antes do fim do evento, temor que realmente se concretizou mais cedo do que esperávamos, por volta das 20:00h (Guardiã da Memória) e 20:30h (Space-Opera).

Hugo Vera e Gerson Lodi-Ribeiro com suas crias.

Em compensação, assim que chegamos, a sócia da Blooks, Elisa Ventura, apaziguou nosso receio quanto ao que fazer com o banner, arrumando um tripé para pendurá-lo.

Por falar em fãs eméritos, compareceram também Alexandre Amaral, Carlos Vinicius, Daniel Ribas, Eduardo Torres, Jorge Gervásio Pereira, Luiz Felipe Vasques, Pedro Dobbin e Rafael “Lupo” Monteiro.  Presentes também estiveram os escritores de literatura fantástica Ana Cristina Rodrigues e Carlos Eugênio Patati.

Mesa de Autógrafos - Clinton Davisson, Hugo Vera e Gerson Lodi-Ribeiro

Mesa de Autógrafos - Autores em ação.


Ao contrário do esperado, não tanto por falta de tempo, mas sim por certa falta de clima, acabou não rolando a linha-de-passe informal entre os quatro autores da antologia presentes ao evento: eu, Hugo Vera, Clinton Davisson e Maria Helena Bandeira,[2] esta última devidamente escoltada pela filha.  Embora eu já conhecesse a Helena relativamente bem e há mais de década, da troca de e-mails e posts no Orkut, esta foi a primeira vez que travamos contato pessoal ao vivo e em cores, pois, segundo a autora, ela raramente sai do Leme, bairro carioca onde reside.  Clinton me presenteou com um exemplar de seu romance de ficção científica futebolística Fáfia, a Copa do Mundo de 2022 (Nexus, 1999), que adquiriu status de raridade.  Infelizmente, o exemplar em questão está com algumas páginas em branco.L

Gerson, Edu Torres e Ana Cris Rodrigues com Maria Helena Bandeira.

Como convidei um bocado de gente e muitos amigos atenderam o convite, os vinte exemplares do romance se esgotaram como água numa banheira com ralo aberto.  Vários amigos da comunidade do fantástico nacional e de fora do meio que chegaram um pouco mais tarde se decepcionaram bastante por não terem logrado sair do evento com um exemplar debaixo do braço.  Hugo Vera e Ana Cristina Rodrigues (uma das sem-Guardiã) chegaram a telefonar e twittar para o Erick Sama, publisher e dono da Draco, para reclamar de seu excesso de humildade, por ter julgado que não venderíamos vinte exemplares de cada título.  Erick explicou ter remetido a mesma quantidade que mandou nos eventos anteriores.  De fato, esta foi a primeira vez em que os livros esgotaram num lançamento meu e vários amigos vieram me cumprimentar pelo êxito estrondoso do lançamento, embora eu preferisse que houvesse mais uns vinte ou trinta exemplares, para não ter contemplado as expressões decepcionadas nos semblantes de oito ou dez amigos chegados.  Enfim, de um jeito ou de outro, antes esgotar os exemplares no meio do lançamento do que só vender dois ou três exemplares em toda a sessão de autógrafos.

Gerson, Ana Cristina Rodrigues e Passarinho.

Mariana "Belly" com os Lançamentos Esgotados (by H.Vera).

Hugo, Maria Helena Bandeira e o curador Octavio Aragão (by H.Vera).


Nem só da comunidade carioca de ficção científica e fantasia viveu o lançamento conjunto do Guardiã da Memória e da Space-Opera.  Para minha grande satisfação e gratidão eterna, minha família compareceu em peso uma vez mais, constituindo o segundo maior contingente após a galera do fandom.  Meu irmão Ricardo levou uma amiga, que comprou não só um Guardiã como uma Space-Opera.

Família 1 - Mãe, Filho e Netalhada.

Família 2 - Gerson, Ricardo & Patrícia.
Representando meus amigos dos tempos do Colégio São José, o famoso grupo BLISS, estiveram presentes: Walter Petrone Lemos, Sandra Motta e Sergio Oddone (este, aliás, um sem-Guardiã).  Como Walter e Sandra chegaram cedo, pude conversar um pouco com eles, adiantando nossos planos de viagem nas próximas férias.  Tendo chegado um pouco mais tarde, Oddone reclamou pra burro e com razão da falta de livros para autografar e da interrupção (felizmente momentânea) no serviço do vinho.  Minutos mais tarde, já apaziguado por uma taça de Boscato, menos mal-humorado, sugeriu que eu autografasse livros de outros autores que os amigos escolhessem comprar na livraria.

Sandra Motta, Gerson e Walter Petrone

Sergio Oddone, Gerson & Cláudia.

Pela turma da pós-graduação em Vinho & Cultura, compareceu minha confreira Ana Maria Brandão Magalhães (mais uma sem-Guardiã).  Ela me contou das viagens recentes e de suas últimas experiências enológicas e eu lhe falei de nossos planos para a Toscana e o Vale do Loire em julho próximo e dos cursos que Cláudia está fazendo na Associação Brasileira dos Sommeliers.

Da parte dos amigos da Secretaria Municipal de Fazenda, apareceram para me dar um abraço Marco Aurélio Serra, amigo e colega dos áureos tempos do SAD Tijuca, e Marcelo Figueiredo, brilhante Gerente de Cadastro do IPTU, acompanhado por sua esposa.  Conversei brevemente com o Marco sobre a questão da meritocracia.  Amigo de nossa família, Marco se enturmou logo com Cláudia, Ana Lúcia e Clara, suas conhecidas de eventos anteriores.

Marcelo Figueiredo & Esposa (by H.Vera).

Família 3 - Marco Aurélio Serra e Clara Annarumma.

Também houve os fãs que compareceram não por causa do lançamento geminado da Draco, mas sim em virtude do Taikodom.  Glauco Morais e Alberto Oliveira não lograram adquirir A Guardiã da Memória, mas compraram os últimos dois exemplares da Space-Opera.  Enquanto eu autografava seus livros, eles puxaram assunto sobre o jogo, a Hoplon e o panorama atual da indústria brasileira de jogos para computador, mercado em que os dois almejam se inserir.

Fãs do Taikodom, Glauco e Alberto com Autores.

O fã Alexandre Amaral confessou só ter descoberto sobre os lançamentos em virtude de um post do Clinton Davisson numa lista de discussão de Star Wars.  De qualquer forma, além do Guardiã da Memória e da Space-Opera, Alexandre aproveitou a ida à Blooks para adquirir um exemplar da antologia Vaporpunk (Draco, 2010) para autografarmos no evento.

Lépido e fagueiro, meu sogro, Carlos Quevedo, enturmou-se num instante com Ricardo França e Jorge Pereira, seus antigos alunos do Departamento de Engenharia Eletrônica da Escola de Engenharia da UFRJ.  Eduardo Torres, graduado em Engenharia Química pela mesma escola também se integrou ao bate-papo animado dos ex-alunos do Mestre.  Edu Torres quebrou seu próprio recorde ao adquirir oito livros no total: quatro exemplares do romance e outros quatro da antologia.  Um kit para si e os outros três para os sobrinhos, no afã de disseminar o gosto pela ficção científica brasileira entre as novas gerações.  Grande Edu!

Mestre Quevedo e ex-alunos da Eletrônica da UFRJ Ricardo França e Jorge Pereira.

A beleza de minhas filhas Barbara e Ursulla foi elogiada por diversos amigos do fandom.  Curiosamente, nenhum desses amigos elogiou meu filho Erich, também presente e, a meu ver, tão bonito quanto elas.J

O beijo mais gostoso que recebi nesta noite triunfal foi o que me foi osculado na bochecha pela filhinha do Patati quando nos despedimos e o “Tchau, Gerson!” dela, proferido com sua voz aguda de criança pequena.

Ao fim do evento, o curador Octavio Aragão me confidenciou que a sócia da livraria, Elisa Ventura, mostrou-se bastante satisfeita com o resultado da noite de autógrafos.

No fim do lançamento geminado, estava tão exausto que nem sequer cogitei arregimentar os amigos remanescentes para o já tradicional jantar bebemorativo no Estação Gourmet.  Felizmente, Cláudia havia vindo em nosso carro, de modo que me arrastei uns poucos passos até o estacionamento da Casa & Vídeo, embarcamos e regressamos para casa após deixar o pai dela e o Ítalo em seus respectivos prédios.

Autores & Banner.


As ausências mais sentidas da noite foram as dos amigos Sylvio Gonçalves, Max Mallmann e Lúcio Manfredi.



Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 1º de junho de 2011 (quarta-feira).




Pela Blooks:
Elisa Ventura
Octavio Aragão (curador)
Toinho Castro

Pela Draco:
Clinton Davisson
Gerson Lodi-Ribeiro
Hugo Vera (antologista)
Maria Helena Bandeira

Participantes:
Adriano de Oliveira
Alberto Oliveira
Alexandre Rocha Amaral
Ana Cristina Rodrigues
Ana Lucia Lodi Ribeiro
Ana Maria Brandão
André Henrique Isabel Lodi Ribeiro
Barbara Reiter Lodi Ribeiro
Bianca Xavier
Bruno Borsaro Lodi Ribeiro
Carlos Eugênio Patati
Carlos Peres Quevedo
Carlos Vinicius
Clara Annarumma
Cláudia Quevedo Lodi
Cláudio Xavier
Daisy Lodi Ribeiro
Daniel Ribas
Eduardo Torres
Erich Reiter Lodi Ribeiro
Glauco Morais
Ítalo Cordovil
Jorge Pereira
Luiz Felipe Vasques
Marcelo Figueiredo
Marco Aurélio Serra
Mariana “Belly” Gouvin
Mônica Chefer
Patrícia Bacha
Pedro Dobbin
Rafael “Lupo” Monteiro
Ricardo França
Ricardo Lodi Ribeiro
Rodrigo Borsaro Lodi Ribeiro
Sandra Motta
Sergio Oddone
Ursulla Quevedo Lodi
Walter Petrone Lemos



[1].  Além da introdução da dupla de antologistas e do ensaio “Onde Nenhum Brasileiro Jamais Esteve?” de Fábio Fernandes, a antologia apresenta nove trabalhos de ficção curta, entre contos e noveletas, na ordem de apresentação seguinte: “No Amor e na Guerra” (Gerson Lodi-Ribeiro); “A Esfera Dourada” (Clinton Davisson); “Mádrax” (Maria Helena Bandeira); “Tempo Instável” (Jorge Luiz Calife); “Temos que Cumprir a Cota” (Letícia Velásquez); “Seu Momento de Glória” (Marcelo Jacinto Ribeiro); “Logan Marshall” (Larissa Caruso); “Ganimedes” (Hugo Vera); e “Pendão da Esperança” (Flávio Medeiros Jr.).
[2].  Porque o fato é que praticamente não paramos de autografar e conversar com os fãs o tempo todo.