domingo, 12 de junho de 2011

ERICK saMA IN RIO

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 “Olha, você até escreve bem, mas não tão bem quanto
suas críticas aos trabalhos alheios fazem os incautos supor...”


Após diversas promessas vãs, eis que meu amigo, o publisher da Draco, Erick Sama, apareceu aqui no Rio para tomarmos um vinho, ainda que tenha sido uma visita-relâmpago, daquela que não costuma contar ponto.

Erick veio ao Rio representando a Editora Globo numa convenção de literatura infantojuvenil que está rolando ao longo desta semana no Centro de Convenções Sul-América, na Cidade Nova, bem perto da Prefeitura.

Quando encerrou sua participação por volta das 14:00h, Erick me passou um SMS e eu peguei um táxi para buscá-lo.  Depois de alguns desencontros quanto à portaria do complexo pela qual ele deveria sair, com o motorista do táxi dando um show de paciência e fairplay, enquanto eu e Erick tentávamos achar um ao outro via saraivadas de torpedos sucessivas.  Afinal, acabamos nos encontrando junto ao ponto de táxi do complexo e seguimos de táxi até o restaurante tijucano Turino, especializado em cozinha italiana.

No caminho, Erick falou que conheceu hoje Flávia Cortez, autora de um dos contos da Meu Amor é um Anjo (Draco, 2011), antologia organizada por Eric Novello e Janaína Chervezan.  Aproveitamos o ensejo para fechar enfim o título da antologia erótica fantástica que organizarei para a Draco: Erotica Phantastica, com destaque para a primeira palavra, que virá em corpo maior do que a última.

À porta do estabelecimento encontramos Octavio Aragão, que havia combinado encontrar conosco para o almoço.  Como ambos já haviam almoçado, dividimos uma garrafa de Pata Negra Gran Reserva, várias águas minerais e eu aproveitei para almoçar um penne com filet-mignon.

Octavio Aragão e GL-R: colocando o papo em dia.


Ao longo da degustação daquele saboroso tinto espanhol da região de Valdepeñas, conversamos sobre lançamentos e atitudes editoriais recentes.  Falamos um bocado dos efeitos positivos e negativos da autopropaganda internética empregada amiúde por novos autores brasileiros da FC&F, aos quais alguns se referem em conjunto pelo termo toffleriano “Terceira Onda”.  O problema é que, com o excesso de autopromoção, normalmente se gera um excesso de expectativa, que acaba resultando em decepção para o leitor incauto.

Octavio contou alguns detalhes do desenvolvimento de seu romance A Mão que Pune, continuação do seu aclamado A Mão que Cria (Mercuryo, 2006).  Em troca, descrevi alguns trechos brilhantes em três ou quatro noveletas aprovadas para publicação na Dieselpunk, antologia que organizei para a Draco e que deverá ser lançada em agosto próximo, na Fantasticon 2011.

Erick "Sama" Cardoso, Octavio Aragão e GL-R.


Ao fim do repasto, como eu regressaria ao trabalho na Secretaria de Fazenda, Octavio devia buscar o filho no colégio e Erick precisava deixar alguns exemplares adicionais da Meu Amor é um Anjo para o lançamento carioca na Blooks, caminhamos até a estação Saenz Peña do metrô.

Saltei na estação Estácio para continuar minha jornada de trabalho na Prefeitura, satisfeito em ter almoçado com bons amigos e trocar insights valiosos sobre o estado da arte do fandom da literatura fantástica brasileira.

Uma pena que Erick Sama não tenha podido passar mais tempo no Rio, para organizarmos um queijos & vinhos para ele ou, miseravelmente, uma reunião no Estação Gourmet com autores e fãs cariocas que sentem curiosidade em conhecê-lo pessoalmente.  Bem, ficará para a próxima oportunidade.  E que seja em breve!

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 08 de junho de 2011 (quarta-feira).



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