segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nós, Ciborgues de Fátima Regis


Lançamento de nós, ciborgues

 

201211132359P3  — 19.127 D.V.

 

Saí direto do trabalho debaixo de uma chuva fina e persistente para o lançamento do livro Nós, Ciborgues (Champagnat, 2012) de minha amiga e afilhada Fátima Regis, na livraria Blooks, situada na galeria Unibanco Artplex, na Praia de Botafogo.  Apesar de ter saído da Cidade Nova com certeza antecedência, graças a um engarrafamento no caminho até a Lapa, cheguei quase uma hora atrasado.  Em compensação, concluí a leitura do romance O Alienado (Draco, 2012) do Cirilo S. Lemos durante a jornada.

Posando de marido orgulhoso, Sylvio Gonçalves fez as honras da casa de filmadora em punho.  Enquanto a esposa autografava, Sylvio fotografava e filmava.

Aproveitei o evento para colocar o papo em dia com os amigos Marcelo Couto e Carlos Patati, além de ter conversado durante praticamente todo o evento com Luísa Gonçalves, a filha de sete anos de nossos afilhados.

*     *      *

Fátima Regis, autora de Nós, Ciborgues.

 

Ao me dirigir à mesa de autógrafos reencontrei a cunhada da Fátima (esposa de seu irmão) que eu já não via desde o casamento de nossos amigos, dezoito ou vinte anos atrás.  Aproveitei para tirar fotos com a autora e bater papo com Luísa, precoce e inteligente em seus sete anos como só a filha de Sylvio e Fátima pode ser.

Junto aos refrigerantes servidos por conta da Blooks, havia um Concha y Toro Reservado Cabernet Sauvignon e um branco que, sem óculos, não logrei identificar.  No meio para o fim do lançamento, Sylvio determinou a substituição do tinto padrão por um Casillero del Diablo Syrah, escolha correta que caiu em meu palato e trato gustativo como uma (l)uva, com perdão do trocadilho.

Marcelo Couto, Sylvio Gonçalves e GL-R.
 
Conversei com Sylvio e Marcelo sobre séries televisivas, com ênfase na animação de ficção científica Futurama e em minha recente paixão pela série criminal Dexter, sobre um serial killer especializado em matar outros serial killers...

Patati e a filhinha de seis anos Sofia chegaram um pouco mais tarde.  Não sei se ela e Luísa já se conheciam, mas, pelo jeito que brincavam, pareciam velhas amigas.  Ah, a infância...J

Nós, Ciborgues é a versão em livro da tese de doutorado que Fátima defendeu em meados de 2002.  Um texto acadêmico de ficção científica extremamente interessante, com insights significativos sobre a presença e a influência da tecnologia em nossos corpos.  Um trabalho com que travei contato já por ocasião da defesa da tese mais de uma década atrás.  Lastimo que tenha demorado tanto tempo para ser publicado, no que se pese que o texto tornou-se ainda mais atual e mais pertinente nestes dez anos.

De repente, Sofia apareceu aos prantos.  No início, imaginamos que ela houvesse se machucado nas corredias Blooks adentro.  Mas, não.  Chorando, a pequena nos alertou que o lábio inferior de Patati estava com um tremor, segundo ela, sintoma claro de hipoglicemia.  Devidamente avisados, ao constatar que nosso amigo de fato parecia meio zonzo, sentamos com ele naquele pufe circular da livraria e lhe ministramos dois valentes copos de refrigerante não dietético.  Medicação ingerida, Patati recobrou o vigor em questão de instantes.  Todos ficaram impressionados e comovidos com a ação rápida e precisa de Sofia em defesa de seu pai.

Contrariando nossas tradições, ao fim do lançamento não nos dirigimos ao Estação Gourmet, mas sim a um restaurante bem mais próximo, situado numa transversal à Praia de Botafogo, um estabelecimento simpático pelo qual eu já havia passado diversas vezes, mas que nunca havia entrado.  Além de Sylvio, Fátima e Luísa, foram comigo ao restaurante Marcelo e dois amigos do casal: Luiz e um outro, fã de HQ, cujo nome não me recordo.

Já acometido de certa pirose (maladia popularmente conhecida por “azia”), em virtude da ingestão de cinco ou seis taças de vinho de estômago vazio, uma vez aboletado no restaurante, limitei-me aos bolinhos de bacalhau regados com coca-zero.  Os outros convivas também degustaram batatas fritas e salada.  Durante boa parte da refeição, eu e Luiz nos aliamos para enfrentar Luísa no jogo da forca.  Nem é preciso falar que fomos fragorosamente massacrados na maioria das rodadas...

Quando enfim pagamos a conta e saímos do restaurante já passava da meia-noite e a chuvinha fina ainda não havia passado.

Mais um lançamento relacionado à literatura fantástica que começou na livraria Blooks, ponto tradicional para esse tipo de atividade bibliorrecreativa, terminando num restaurante próximo, para alegria dos que comungaram do momento de triunfo autoral dessa autora querida.

 

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2012 (terça-feira).

 


Participantes:
 
Carlos Eugênio Patati
Elisa Ventura
Fátima Regis
Gerson Lodi-Ribeiro
Luísa Gonçalves
Luiz
Marcelo Carvalho Couto
Sofia
Sylvio Gonçalves

2 comentários:

  1. "Azia", "hipoglicemia", "etanol metabolizado"... Nós somos ciborgues, mas nem tanto ainda! :) Excelente crônica, Gerson!!!

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