Painel “Cyberpunk vs. Solarpunk &
Futurismos Anticoloniais”
no Plutocracia
em Plutão
202201272359P5 – 22.483 D.V.
“Quando falamos em Plutocracia em Plutão, estamos
fazendo uma dupla provocação, que é a de questionar as formas de poder e
controle na Terra e no Espaço. Nos
perguntamos se as visões de mundo que estão em jogo na Nova Corrida Espacial (New
Space), com todos seus projetos de armamento militar, produção de
tecnologia espacial, inteligência artificial e mineração de corpos celestes
(como da Lua, Marte e asteroides) servirá somente para potencializar a
plutocracia a partir da aceleração dos modos de dominação do Sistema Solar por
parte de alguns conglomerados corporativos, ou se estamos diante de uma nova
possibilidade de criação de futuro, que permitirá também o transporte da
multiplicidade das cosmovisões, das diferentes perspectivas de mundo e da
biodiversidade que caracteriza, a princípio, o planeta Terra. Ou seja, mediante essa nova oportunidade
espacial, a colaboração entre os povos será mais determinante do que a
competição entre grandes empresas, ou estaremos somente reforçando com modelos
mais sofisticados a hierarquia e a discrepância entre povos ricos e pobres?”
[Texto de abertura do curso online Plutocracia em Plutão]
Participei ainda
há pouco do painel “Cyberpunk vs. Solarpunk & Futurismos Anticoloniais”, no
âmbito do seminário Plutocracia em Plutão: Arte e cultural espacial,
organizado por Fabiane Borges sob os auspícios do Instituto Nacional de
Pesquisa Espacial (INPE) ao longo desta semana. Junto comigo estiveram, além da Fabiane, como curadora
desse evento e mediadora deste painel; o artista Arad Walsh e os alunos
inscritos, uma vez que o seminário funcionou como curso livre de verão na instituição
citada. Dentre esses últimos, compareceu
o amigo Luiz Felipe Vasques, presidente do Clube de Leitores de Ficção Científica
(CLFC).
* *
*
Do meu ponto
de vista, a empreitada começou na noite de 3 de janeiro, quando eu penava ao
assistir a série sul-coreana de ficção científica O Mar da Tranquilidade
no Netflix. Fui resgatado daquele enredo
fraquíssimo pelo contato via Messenger da Fabiane, que se apresentou, explicou
que estava organizando um curso de verão online via Zoom para o INPE e me
convidou para participar do painel referido.
Ao saber que
o INPE estava envolvido me senti estimulado a aceitar o convite de bate-pronto. Porém, gato escaldado, solicitei que ela me
enviasse mais dados. Daí, tão logo li a proposta
de programação que ela me enviou, topei participar.
Dias mais
tarde, conversei com Fabiane numa videochamada pelo WhatsApp para confirmar que
tema abordaríamos e que foco deveríamos adotar.
Pois, pelo título do painel, “Cyberpunk vs. Solarpunk & Futurismos
Anticoloniais”, fiquei em dúvida se deveria falar sobre Solarpunk (uma vez que
Cyberpunk não é lá muito a minha praia).
Outra questão é que futuros anticoloniais tem um pouco (bastante!) a ver
com as linhas históricas alternativas que estabeleci ao longo das últimas décadas. Ela me esclareceu que era para abordar
elementos e enredos da minha obra que tivessem relação, ainda que indireta, não
só com a proposta do painel, mas as do curso de verão como um todo.
Daí, pensei:
tudo bem. Falo de uns quatro os cinco universos
ficcionais de vieses mais libertários dentre os vários que criei; das tais
linhas históricas alternativas e arremato com uma palinha sobre o subgênero Solarpunk.
Ao longo da
semana, procurei assistir alguns painéis durante a noite pelo YouTube. Gostei de vários, sobretudo, do “Antropoceno
Solar vs. Justiça Ambiental Espacial” (que transcorreu originalmente na tarde
de terça-feira); e do “Monalisa nos Anéis de Saturno: Criptomídia e Espaços Econômicos
(de quarta-feira à tarde).
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Temperado nas
dificuldades técnicas espúrias nas mesas e painéis dos quais participei nos últimos
meses, ativei meu notebook de véspera para que ele se atualizasse (nos últimos eventos
online, tenho preferido trabalhar com o notebook na sala de nossa casa em qualquer
participação mais séria, porque lá consigo conectar a máquina ao roteador via
cabo, não precisando confiar nas flutuações imprevisíveis dos dois sinais de
WiFi contratados em nosso lar). Mesmo assim,
na hora de clicar no link que facultaria o acesso ao Zoom meeting do
painel, houve um probleminha, contornável.
Além disso, a apresentação que preparei em Powerpoint, deu uma travada logo
no início. Se duvidar, cliquei algo
errado. Porém, após esses perrengues
pouco auspiciosos, as coisas começaram a funcionar bem.
Fabiane começou
nos apresentando à plateia do YouTube e aos inscritos. Daí, leu meu biolog e me passou a palavra. Isto posto, iniciei minha apresentação, “Ficção
Científica Humanística: Universos Ficcionais, Questões Cruciais”.
* *
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Para começo de
conversa, mostrei alguns dos meus universos ficcionais que exibem futurismos
anticoloniais, habitados por humanidades maduras em vieses predominantemente
otimistas. Neste sentido, abri os
trabalhos com o Tramas de Ahapooka,
detalhando o background desse U.F., falando das publicações das noveletas “Alienígenas
Mitológicos”[1];
“A Filha do Predador”[2];
e “A Predadora e o Renato”[3].
Então, falei um pouco dos dois romances
publicados pela Draco nesse U.F.: A Guardiã da Memória (2011) e Octopusgarden
(2017).
Em seguida,
passei ao U.F. Imortais Efêmeros,
ambientado num futuro remoto pós-escassez e pós-mortalidade, citando a novela Quando
os Humanos Foram Embora[4]
e a noveleta “Caminhos sem Volta”, publicada na revista Quark nº 2
(2000).
Aproveitei o
ensejo para falar brevemente sobre o U.F.
Taikodom, cuja especificação criei para o jogo online homônimo sob os auspícios
da Hoplon Infotainment, empresa para a qual trabalhei como consultor de
universo ficcional entre 2004 e 2010. Citei,
mas não detalhei a ficção curta e as novelas publicadas nesse U.F. e reunidas
na coletânea Taikodom: Crônicas (Devir, 2009).
Fechei o quesito
universos ficcionais abordando brevemente o Guanabara
Metamórfica e Dinossauros
Racionais. No primeiro citei os contos
“Para Agradar Amanda”, publicado na antologia Erótica Fantástica 1 (Draco,
2013); e “A Moça da Mão Perfeita”, recém-publicado na revista Histórias Extraordinárias
nº 4 (janeiro 2022). No segundo, mencionei
os contos “Paleontólogo Selenita” e “O Voo do Ranforrinco”; e as
noveletas “Garota-Dinossaura e os Especistas” e “Emissários de Nêmesis”[5].
* *
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Daí, abordei
algo en passant três das minhas linhas históricas alternativas que
apresentam Brasis fragmentados, porém, mais justos e mais prósperos do que o
nosso.
Após conceituar
o subgênero das histórias alternativas e exemplificá-lo com o romance O
Homem do Castelo Alto (1963), de Philip K. Dick, introduzi a L.H.A. Pax Paraguaya, em que o ponto de divergência
é a derrota brasileira na Guerra do Paraguai.
Detalhei a narrativa do presente alternativo delineado na noveleta “A Ética
da Traição”, mas apenas citei a noveleta de passado alternativo “Crimes Patrióticos”[6].
Então, falei
sobre a L.H.A. Três Brasis, explicitando
a divergência e delineando, sobretudo, a novela “O Vampiro de Nova Holanda” e o
romance fix-up publicado pela Draco em 2014, Aventuras do Vampiro de
Palmares. Conceituei vampirismo
científico para explicar a origem dos meus vampiros científicos, os filhos-da-noite,
e descrevi brevemente a trama da novela Traição de Palmares (Writers,
2000), na qual o protagonista da maioria dessas narrativas, o filho-da-noite
Dentes Compridos, não dá o ar de sua graça.
Enfim, abordei
a L.H.A. Xochiquetzal, na qual as Américas
foram descobertas pelos portugueses e os Impérios Asteca e Inca se tornam
vassalos de El-Rei de Portugal. Falei brevemente
do romance curto Xochiquetzal: uma Princesa Asteca entre os Incas (Draco,
2009) e de meu pseudônimo feminino, Carla Cristina Pereira, sob o qual as narrativas
da princesa Xochiquetzal foram originalmente escritas e publicadas.
* *
*
Fechei a apresentação,
falando um pouco sobre Solarpunk, tanto como subgênero da ficção científica
quanto como movimento cultural com ênfase no ativismo ambiental e ecológico. Delineei as características principais do Solarpunk,
suas ligações com o movimento cultural homônimo e destaquei o pioneirismo
brasileiro no subgênero.
Isto posto,
falei um pouquinho da antologia Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas
em um mundo sustentável (Draco, 2012) e delineei o enredo de minha novela
solarpunk “Azul Cobalto e o Enigma”, ambientada na L.H.A. Três Brasis e protagonizada por Dentes Compridos.
Creio que esta
foi a quarta ou quinta apresentação via Zoom ou similar em que falo sobre o subgênero
Solarpunk desde o início da pandemia. Dessa
feita, consegui falar um pouco menos sobre o subgênero. Ufa!
* *
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Encerrada minha
apresentação, nossa mediadora Fabiane retomou a palavra, leu o biolog do Arad
Walsh e lhe passou a palavra.
Como eu havia
feito, em sua apresentação Arad falou sobre sua obra, admitindo a influência do
sci-fi em geral e dos subgêneros punks em seus temas. Demonstrou o efeito da pareidolia
(reconhecimento de objetos familiares inseridos em estímulos aleatórios) no
trabalho “Uso de lixo em reforma elétrica” e, de fato, juro que enxerguei um robô
semi-humanoide ali dentro. Arad elaborou
vários dos trabalhos mostrados com material reciclado. Gostei do emprego da casca de jaca como matéria-prima
na confecção de algumas obras, emulando armaduras. Show de bola.
A inspiração do
artista é inegavelmente futurista e anticolonial. De móveis e utensílios até peças de vestuário,
tudo me soube a cenários de filmes de ficção científica, alguns recriados a
partir de narrativas cinematográficas (Arad citou, inclusive, o clássico de
George Lucas, THX-1138), outros lucubrados pela imaginação e pela criatividade
do artista e autor. Gostei bastante do
que vi e lamentei quando a apresentação terminou.
* *
*
Findas as nossas
apresentações, Fabiane abriu o painel à participação dos alunos inscritos. Enquanto apresentávamos, o painel foi
replicado no canal de YouTube do INPE para uma plateia relativamente pequena,
mas bastante interessada e participativa.
Dentre os amigos e conhecidos, vislumbrei Cláudia; Ana Lúcia Merege; Luiz
Felipe Vasques; e Naelton Araújo. Minha mãe
depois confessou que também assistiu. Porém,
como mãe é mãe, ela não conta.
Inicialmente,
Fabiane perguntou o que pensávamos da “transgeneracionalidade” expressa na interação
entre a visão mais clássica da ficção científica literária que apresentei e a visão
mais contemporânea do futurismo que o Arad trouxe para nós. Argumentei que, como autor de ficção científica
comumente ambientada em futuros remotos, eu me questiono bastante não só sobre quais
serão as grandes questões propostas às humanidades desses futuros, mas também como
suas vidas cotidianas decorrerão. No entanto,
tomei o cuidado de destacar que, não obstante quão remoto seja o futuro e quão espessa
a roupagem futurista, as narrativas da FC devem dialogar com consumidores
culturais do presente. Arad foi pela
mesma linha, guinando a questão rumo à globalização e suas desigualdades,
citando cenários distópicos segregacionistas, como o filme Elysium (2013)
e diferenciando os elementos punks do cyberpunk dos do solarpunk.
Nesse ponto, a
mediadora passou a palavra aos inscritos.
Paulo Fluxus
comentou que os consumidores de narrativas fantásticas se acostumaram a absorver
experiências ficcionais que não vivenciaram no mundo real, destacando que o
consumo é uma experiência passiva, ao passo que a criação desses conteúdos fantásticos
é ativa. Arad respondeu que, ao dialogar
com públicos diferentes, é importante que o artista utilize linguagens e
metodologias diversas.
Em seguida, Beatriz
da Matta relacionou os temas das nossas apresentações às falas dos painéis anteriores
do Plutocracia em Plutão, enfatizando questões das ecocatástrofes e dos danos
irreversíveis à biosfera terrestre ao mesmo tempo em que a humanidade cogita colonizar
o espaço e terraformizar planetas alienígenas.
O próximo foi
Luiz Felipe Vasques, que me perguntou sobre um romance pós-apocalíptico com
nuances solarpunks. Inicialmente,
julguei que se referisse ao Ventus (2000), do escritor canadense Karl Schroeder
(ao qual me referi erroneamente no painel como australiano), mas depois concluí
que se tratava do romance fix-up do Clifford D. Simak, City
(1951), que considero um clássico solarpunk avant la lettre. Felipe confirmou que era esse o caso. Daí, apresentei uma resenha breve daquele que
é um dos melhores trabalhos do meu escritor favorito. Afinal, todos sabem que Simak é Deus e Gerson
Lodi-Ribeiro, o seu profeta.
Nubia Mobo indagou
sobre a recepção que a comunidade fantástica internacional concede às narrativas
de ficção científica brasileiras. Advoguei
que para nos impormos diante da comunidade produtora e consumidora de
narrativas fantásticas em âmbito mundial, precisamos fazer coisas
diferentes. Neste sentido, citei o
solarpunk, um subgênero inventado por autores lusófonos e as histórias alternativas,
uma vez que autores brasileiros e portugueses encontrarão mais facilidade em desenvolver
linhas históricas alternativas lusófonas do que autores anglo-saxões, por
exemplo.
Extenuada após
quatro dias insanos na lida do Plutocracia, Fabiane transmitiu a moderação
ao Arad e esse passou a palavra a Roque Júnior.
Ele me indagou se eu conhecia o romance O Vampiro que Descobriu o
Brasil (Ática, 1999)[7],
de Ivan Jaf e questionou sobre um parentesco eventual entre o vampiro António
da narrativa de Jaf e o Dentes Compridos de Aventuras do Vampiro de Palmares. Ao Arad, Roque indagou como empregar os subgêneros
punks como crítica ao modelo socioeconômico capitalista. Em minha resposta, falei que o vampiro do Jaf não
constitui história alternativa em si, mas, antes, história oculta. Além disso, o vampirismo proposto por Jaf é de
caráter sobrenatural, ao passo que os filhos-da-noite pertencem à tradição do
vampirismo científico. Aproveitei para
conceituar as diferenças entre os vampirismos tradicional (sobrenatural) e
científico. Arad respondeu ao Roque, enfatizando
as dificuldades do emprego indagado. Porque,
em geral, quem detém o monopólio do poder econômico para divulgar o ativismo ecológico
e ambiental não tem interesse em fazê-lo, embora o artista admita que a situação
vem mudando gradativamente para melhor.
Da plateia do
YouTube, Felipe resgatou a questão proposta por Guilherme Previatti, que indagou
se poderíamos usar o subgênero solarpunk para educar a sociedade quanto às questões
ambientais. Argumentei que, conquanto a ficção
científica não esgrima mais aquela postura didática, ávida por despertar o interesse
científico na juventude – tão advogada por Hugo Gernsback e, antes dele, pelo próprio
Jules Verne, um dos Pais da Ficção Científica, salve, salve – em seu papel precípuo
de literatura de entretenimento, o Solarpunk pode, sim, abordar de forma lúdica
questões cruciais, quer do ponto de vista filosófico quanto socioambiental. Felipe acrescentou que a palavra-chave seria
a “inspiração”, no que concordei.
Ao fim dessa
segunda fase do painel, Fabiane me pediu que falasse um pouco da narrativa do
conto “Xenopsicólogos na Fase Crítica” que publiquei na revista francesa Antarès
trinta e poucos anos atrás e que foi republicado em meados do ano passado na revista
Histórias Extraordinárias. Apresentei
uma sinopse breve desse conto, esforçando-me ao máximo para não divulgar spoilers
imperdoáveis.
* *
*
Enfim, após mais
de duas horas e quarenta minutos de painel, dividido entre apresentações e
debates, Fabiane encerrou os trabalhos. No
que me diz respeito, apreciei muitíssimo participar desse evento estimulante e
inspirador. Espero que a iniciativa do
INPE vingue e adquira periodicidade pelo menos anual.
À conclusão desta
crônica, verifiquei que o painel já estava com 158 visualizações no YouTube. Link para acessar o painel no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8qLJySAVd3U
Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2022 (quinta-feira).
Participantes:
Ana Lúcia
Merege.
Arad Walsh (panelista: artista).
Beatriz da
Matta (participante do seminário).
Cláudia Quevedo
Lodi.
Daisy Lodi Ribeiro.
Fabiane M. Borges
(curadora do seminário).
Gerson Lodi-Ribeiro
(panelista: autor de ficção científica).
Guilherme Augusto
Previatti.
Luiz Felipe Vasques
(participante do seminário).
Naelton Araújo.
Nubia Mobo
(participante do seminário).
Paulo Fluxus
(participante do seminário).
Roque Júnior
(participante do seminário).
[1]. Escrita sob a
forma de um artigo de divulgação científica e publicada em julho de 1991 na Isaac
Asimov Magazine nº 15, “Alienígenas Mitológicos” constituiu minha estreia
profissional em português.
[2]. “A Filha do
Predador” foi agraciada com o Prêmio Nautilus 1997. Mais tarde, seria republicada na revista Sci
Fi News Contos nº 1 em 2000. Ambas
as publicações se deram sob o pseudônimo “Daniel Alvarez”.
[3]. “A Predadora e
o Renato” foi publicada na antologia Como Era Gostosa a Minha Alienígena!
(Ano-Luz, 2002).
[4]. A publicação dessa
novela na revista francesa de FC&F Antarès nº 36 em 1989 constituiu
minha estreia profissional.
[5]. “Paleontólogo
Selenita” foi publicado originalmente na coletânea Outras Histórias... (Editorial
Caminho, 1997) e republicada recentemente na revista Somnium nº 118
(dezembro 2021). “O Voo do Ranforrinco”
também foi publicado na coletânea citada.
“Garota-Dinossaura e os Especistas” foi publicada na antologia Dinossauros
(Draco, 2016). “Emissários de Nêmesis”
foi originalmente publicada na antologia Dinossauria Tropicalia (GRD,
1994) e republicada na Dinossauros.
[6]. “A Ética da Traição”
foi publicada na primeira metade da década de 1990, primeiro na antologia O Atlântico
Tem Duas Margens (Editorial Caminho, 1992) e então na Isaac Asimov Magazine
nº 25 (janeiro 1993), tendo sido republicada na coletânea Outros Brasis
(Mercuryo, 2006) e lançada em francês, castelhano e inglês. “Crimes Patrióticos” foi publicada
originalmente na coletânea O Vampiro de Nova Holanda (Caminho, 1998) e mais
tarde republicada na antologia bilíngue Fronteiras (Simetria, 1998) e na
Outros Brasis.
[7]. Nanorresenha
do meu bunker de dados: O Vampiro que Descobriu o Brasil – “Jovem
taberneiro lisboeta é vampirizado às vésperas do Descobrimento do Brasil e
parte junto com a esquadra de Cabral em perseguição do imortal que o
transformara em vampiro. Ao longo dos
quinhentos anos de história do Brasil, o vampiro António persegue o Velho, a
quem procura exterminar a fim de recobrar sua humanidade. Passeio descompromissado e gostoso pela
História do Brasil.”