quarta-feira, 7 de março de 2012

Lançamento carioca da
Sherlock Holmes


201203012359O5 — 18.864 D.V.

Capa da antologia.


Após uma soirée na Escola Naval para assistir a stand-up comedy “Hiperativo” com Paulo Gustavo, sob os auspícios da Sociedade Fênix Naval, saímos da Ilha de Villegagnon rumo à Praia de Botafogo para o lançamento carioca da antologia Sherlock Holmes — Aventuras Secretas (Draco, 2012) na Blooks, no Espaço Itaú-Unibanco Artplex.  A antologia foi organizada por Carlos Orsi Martinho e Marcelo Galvão.  Presentes à mesa de autógrafos, os autores Octavio Aragão (“A Aventura do Americano Audaz”) e Alexandre Mandarino (“A Aventura do Penhasco dos Suicidas”).

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Por causa do compromisso anterior, só chegamos à Blooks às 20:30h.  Além dos dois participantes citados, o lançamento contou com a presença de alguns membros eméritos da  comunidade carioca de literatura fantástica, tais como: Bráulio Tavares, Max Mallmann, Ana Cristina Rodrigues, Rafael Monteiro, Luiz Felipe Vasques, Daniel Ribas, Josué de Oliveira e Lucas Rocha.

Octavio Aragão e Alexandre Mandarino.


Aproveitei a presença do Luiz Felipe para conversar um pouco sobre a Super-Heróis, antologia que estamos organizando a quatro mãos e cuja deadline se dará no próximo dia 31.  Externamos nossas preocupações comuns quanto à baixa qualidade literária da maior parte das submissões recebidas.  Infelizmente, por questões de confidencialidade, não pudemos detalhar nossa discussão.  Fica para outra ocasião, mais reservada.


Bráulio Tavares e Luiz Felipe Vasques.


Num bate-papo com Daniel Ribas e Bráulio Tavares, inteirei-me das recentes atividades editoriais de ambos.  Daniel tornou-se antologista e editor, já tendo lançado uma antologia de contos eróticos (mainstream e não fantásticos).  Como sua editora possui uma livraria aqui no Rio, declarou-se interessado em vender algumas antologias da Draco, como a recém-lançada Sherlock Holmes e as duas Eróticas Fantásticas.  Mais do que rapidamente, passei-lhe o e-mail do Erick Sama, publisher da Draco.  Bráulio contou-nos sobre seus trabalhos recentes de tradução de clássicos da literatura fantástica, dentre os quais A Ilha do Doutor Moreau, de H.G. Wells.

Ao contrário do que ocorreu nos dois lançamentos anteriores da Draco aqui no Rio — Guardiã da Memória e Dieselpunk — desta feita a remessa de livros (trinta exemplares) foi suficiente para atender a demanda, fato que ensejou uma comemoração discreta entre os draconianos presentes.

Depois de fazer forfeit no aniversário de Ana Cris no sábado anterior —evento que muito batalhou para fomentar — Lucas Rocha compareceu lépido, fagueiro e vivo(!) ao lançamento da Sherlock Holmes, já plenamente recobrado dos suplícios inconcebíveis aos quais foi submetido por sua chefa implacável.

Mandarino, Rafael Monteiro e Ana Cris.


À mesa de autógrafos, Octavio Aragão teceu comentários à crítica detalhista e algo acerba da antologia recém-lançada posta por Antonio Luiz da Costa em seu blog, associado à CartaCapital.  Vale a pena conferir aqui:


Como de praxe, Antonio destrincha cada um dos oito contos, com direito a spoilers suprimidos e trechos, em tese representativos, desses trabalhos.

GL-R, Max Mallmann e Octavio Aragão.

Por falar em aproveitamento do personagem Sherlock Holmes por outros autores que não Arthur Conan Doyle, além do já clássico Arsène Lupin contra Herlock Sholmes, do Maurice Leblanc, cuja edição brasileira ainda se encontra disponível nos sebos virtuais da vida, lembrei do Athelstan Helms, personagem do Harry Turtledove, protagonista da novela “The Scarlet Band”, um dos trabalhos do universo ficcional dos Estados Unidos de Atlântida presentes na coletânea do autor, Atlantis and Other Places (Roc Books, 2010).  Seria interessante saber o que Antonio Luiz teria a dizer da inserção desse alter ego holmesiano numa linha histórica natural alternativa tão heterodoxa...

Atlântida de Harry Turtledove.

Como muitos dos fãs presentes ao lançamento, aproveitei o ensejo para namorar (platonicamente) diversas obras de literatura fantástica no belo acervo mantido nas prateleiras e estandes da Blooks, com ênfase à bonita capa da nova edição de A Ilha do Doutor Moreau, com tradução do Bráulio e à edição brasileira do quarto romance da saga As Crônicas de Gelo e Fogo, do George R.R. Martin.  Ao contrário do que ouvira nas listas de discussão da vida, O Festim dos Corvos saiu num único tomo e declarando que o tradutor é o autor português Jorge Candeias.  Aliás, esta última questão suscitou um breve debate entre fãs presentes sobre o pretenso protesto de tradutores brasileiros quanto a “importação” de uma tradução do outro lado do Atlântico...  Da minha parte, confirmei com o Candeias meses atrás que ele está auferindo dividendos da transposição de suas traduções dos romances dessa saga para o mercado editorial brasileiro.

Enfim, mais um lançamento carioca bem-sucedido, sem fãs insatisfeitos chupando os dedos desta vez.

Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 1º de março de 2012 (quinta-feira).




Participantes:

Alexandre Mandarino
       Ana Cristina Rodrigues
       Bráulio Tavares
       Cláudia Quevedo Lodi
       Daniel Ribas
       Gerson Lodi-Ribeiro
       Josué de Oliveira
       Lucas Rocha
       Luiz Felipe Vasques
       Max Mallmann
       Octavio Aragão
       Rafael “Lupo” Monteiro     

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