Cerimônia de Entrega
do
Argos 2024
202412132359P6 – 23.534 D.V.
Missão Argos 2024. Saí de casa mais cedo hoje à tarde rumo ao campus da Universidade Veiga de Almeida a fim de evitar o engarrafamento que costuma atormentar o trânsito no entorno do Jardim Botânico nos fins de tarde de sexta-feira. A cerimônia de entrega do Prêmio Argos 2024 estava prevista para se iniciar às 18h00 e eu saí daqui às 16h20.
Pedi um UBER do Jardim Botânico ao Maracanã. Viagem tranquila de cerca de meia hora. Daí, acabei chegando à UVA com mais de uma hora de antecedência, o que não foi mau negócio, pois prossegui na leitura de bordo prazerosa que iniciara no UBER e avancei alguns capítulos no romance de história alternativa Sargassa (DAW Books, 2024) da Sophie Burnham, mais um cenário de Estado Romano Mundial ambientado na América do Norte.
Uma vez no campus, subi ao segundo andar e me dirigi ao miniauditório, local onde o Clube de Leitores de Ficção Científica já efetuara a cerimônia de entrega da premiação em 2017. O supervisor daquele piso, Marcos, facultou graciosamente meu acesso ao miniauditório por volta das 17h00, fornecendo-me ar-condicionado e sinal de WiFi.
* * *
Eduardo Torres chegou por volta das 17h30 trazendo os troféus dos vencedores e os certificados dos finalistas consigo. Pouco depois, chegava Luiz Felipe Vasques, presidente do CLFC e da comissão organizadora do Prêmio Argos. Mr. President me incumbiu com a grave missão de filmar a cerimônia com meu celular. Minutos mais tarde chegaram os amigos Ana Lúcia Merege e Ricardo França. Pouco antes do início da cerimônia, chegaram Andriolli Costa, Pedro Luna e Orfeu Favilla.
Embora o finalista Alan de Sá tenha chegado após o término da cerimônia de entrega, em prol dos registros oficiais, repetimos a entrega de seu certificado como finalista na categoria Melhor Coletânea ou Antologia por Xuxa Preta (autopublicação). Alan também recebeu o diploma como representante da autora G.G. Diniz, finalista na categoria Melhor Romance com A Diplomata (Plutão Livros, 2024).
* * *
Felipe abriu a cerimônia com um discurso breve, explicando a natureza do Clube de Leitores de Ficção Científica e de sua premiação oficial, o Argos.
Cumprido esse introito, dividiu o palco com o mestre de cerimônias Eduardo Torres, para o anúncio dos resultados na categoria Melhor Conto, cujos finalistas foram revelados na ordem abaixo:
5º lugar: “O Grande Concerto”, de Fábio Fernandes, publicado em sua coletânea 16 (Caos e Terra);
4º lugar: “O Arquipélago”, de Ursulla Mackenzie, publicado na edição número 7 da revista Histórias Extraordinárias (Editora Mundo).
3º lugar: “Sete Horrores”, de Fábio Fernandes, na 16.
2º lugar: “Breve Biografia de uma Cadeira Lúcida”, de Renan Bernardo, publicado na revista Samovar.
Vencedor: “Despertar na Aurora Sideral, de Juliane Vicente, publicado na revista Suprassuma 2: Fobias (Editora Suma).
Seguindo as tradições do Argos, a comissão convocou ao palco a autora Ana Lúcia Merege, vencedora nessa categoria em vários certames anteriores do Argos, para anunciar o vencedor deste ano.
Dos cinco finalistas, li os contos do Fábio e o da Ursulla. Gostei bastante dos três, com destaque para “O Grande Concerto”, que já li em várias das suas encarnações e que considero um clássico da ficção curta brasileira.
* * *
Em seguida, a comissão organizadora passou aos anúncios dos finalistas e vencedor na categoria Melhor Antologia ou Coletânea, divulgados na ordem abaixo:
5º lugar: antologia O Último Dia do Futuro (autopublicação), organizada por Lu Evans.
4º lugar: coletânea 16, de Fábio Fernandes (Caos e Letras).
3º lugar: coletânea Xuxa Preta, de Alan de Sá (autopublicação).
2º lugar: antologia Estelar volume II: Edição especial de férias, organizada por Lu Evans (autopublicação).
Vencedor: antologia Mundos Paralelos da Ficção Científica, organizada por Ana Rüsche (GloboClube).
O anúncio da antologia vencedora foi proferido por Luiz Felipe Vasques, vencedor nessa mesma categoria no certame de 2016.
Dos cinco finalistas, li a coletânea do Fábio Fernandes e a antologia organizada pela Lu Evans. Recomendo a leitura de ambos com máximo empenho. Quanto aos três outros, vou correr atrás.
* * *
Enfim, a comissão anunciou os finalistas e o vencedor da categoria Melhor Romance. Eduardo Torres explicou que houve empate no quinto lugar na primeira fase da votação (indicação dos cinco trabalhos favoritos por parte dos sócios ativos do CLFC). Os seis trabalhos finalistas foram divulgados na ordem abaixo:
6º lugar: Rio 60 Graus, de Fábio Fernandes (Draco).
5º lugar: A Diplomata, de G.G. Diniz (Plutão Livros).
4º lugar: Silêncios Infinitos, de Nikelen Witter (Draco).
3º lugar: A Noite Imperfeita, de Gílson Luís Cunha (autopublicação).
2º lugar: O nome dela é Luana, de Eberson Terra & Gustavo Nascimento (autopublicação).
Vencedor: Um Milhão de Mim, de Cirilo Lemos (Draco).
Quando fui convocado para anunciar o nome de Cirilo, o amigo França assumiu a pilotagem da câmera do meu bom e surrado Samsung 21 a fim de registrar o evento.
Desde o estabelecimento do prêmio Argos em 1999, Cirilo Lemos foi o primeiro autor a se sagrar vencedor na categoria Melhor Romance em dois certames consecutivos.
Essa foi a categoria em que li mais finalistas. Recomendo enfaticamente a leitura dos romances Rio 60 Graus; Silêncios Infinitos; A Noite Imperfeita; e Um Milhão de Mim. Infelizmente, ainda não li A Diplomata e O nome dela é Luana, mas pretendo sanar essa lacuna.
* * *
Felipe proferia um breve discurso de encerramento, eis que Alan de Sá adentrou no miniauditório. Depois que o autor se identificou, a comissão resolveu, acertadamente, repetir a entrega do certificado. Afinal, Alan foi o único finalista a comparecer à cerimônia de entrega. Para além de ter sido o único representante nomeado para receber o diploma de outro finalista, no caso, ele representou a autora G.G. Diniz.
Alan de Sá, autor da coletânea Xuxa Preta, finalista do Argos 2024.
Selfie panorâmica: Eduardo Torres; Pedro Luna; Luiz Felipe Vasques, Orfeu Favilla;
Ricardo França; Andriolli Costa; Alan de Sã; Ana Lúcia Merege; GL-R.
* * *
Finda a cerimônia de premiação, caminhamos até a entrada da UVA. Uma vez reunidos ali, fomos guiados por nosso bravo batedor das noitadas tijucanas Edu Torres, numa intrépida jornada a pé do campus até o bar afamado Bode Cheiroso, situado a poucas centenas de metros da universidade. Em plena sexta-feira à noite, o estabelecimento estava cheio, mas ainda havia mesas do lado de fora, democrática e generosamente espalhadas logradouro público adentro.
Em questão de segundos, senti que aquela não era bem a minha praia e que eu não me sentiria feliz ali. Daí, como estava meio cansado, julguei melhor me despedir dos amigos aos poucos, embora permanecesse no bate-papo enquanto meu UBER não aparecia. Suspeito que Ana Merege tenha sentido algo parecido, pois estabeleceu uma estratégia similar e o melhor foi que o UBER dela chegou antes do meu.😉
A viagem de volta para casa decorreu sem problemas. Leitura de bordo: a América Romana de Sargassa, da Burnham.
Resumo da ópera: de todas as cerimônias de entrega do Prêmio Argos de que já participei, essa foi de longe a com menor número de presentes. Ademais, ao contrário da cerimônia do ano passado, essa não foi transmitida ao vivo pelo YouTube.
Apesar do esforço hercúleo e meritório da comissão organizadora, a experiência toda me pareceu meio chocha. Torço para que as próximas sejam melhores.
Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2024 (sexta-feira).
Participantes:
Alan de Sá.
Andriolli Costa.
Ana Lúcia Merege.
Eduardo Torres (membro da Comissão Organizadora do Prêmio Argos).
Gerson Lodi-Ribeiro.
Luiz Felipe Vasques (Presidente do CLFC e da Comissão Organizadora do Prêmio Argos)
Orfeu Favilla.
Pedro Luna
Ricardo França.